Manifestantes montam barracas e fecham Av. Afonso Pena em BH
Eles ocuparam, nesta segunda, a sede da prefeitura.
O grupo pede que seja recebido pelo prefeito Marcio Lacerda.
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Ativistas montaram barracas na Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, e impediram o trânsito no local nesta terça-feira (30). O tráfego foi desviado para a Rua da Bahia, o que provocou congestionamento na região. Um grupo de manifestantes permanece, desde a segunda-feira (29), na sede do Poder Executivo da capital.
De acordo com o órgão, cerca de 60 ativistas entraram no prédio e ficaram concentrados em frente ao gabinete do prefeito Marcio Lacerda, desde a tarde desta segunda-feira. Os manifestantes se dividiram. Um grupo está concentrado nas entradas da Afonso Pena e da Rua Goiás. Eles fazem parte de movimentos sociais e de grupos de ocupações urbanas e reclamam da falta de negociação com a administração municipal. Os integrantes pedem urbanização de áreas ocupadas e a suspensão dos processos para desocupar esses terrenos.
Durante a noite, quem estava do lado de fora da prefeitura gritava palavras de ordem e pedia que fosse autorizada a entrada de comida, o que era proibido pela Guarda Municipal. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local e a Polícia Militar acompanhou a movimentação.
Desde o início desta tarde, a sede do Executivo municipal está ocupada por integrantes de seis ocupações urbanas, do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e da Assembleia Popular Horizontal (APH). O grupo que está em protesto na avenida pedia que os ocupantes do prédio recebessem água e alimento. Segundo Natália Alves, integrante do MLB, o fornecimento de água e o acesso aos banheiros foram liberados "depois de muita pressão", por volta das 21h30. A administração municipal não confirmou o desligamento da água.
Natália disse, ainda, que os ocupantes também conseguiram receber comida por volta das 21h30. Nesta tarde, algumas pessoas tentaram entrar no prédio para entregar alimentos para participantes da ocupação. Como não conseguiram, manifestantes que estavam no hall do gabinete do prefeito foram até à portaria. Também pela grade, os itens foram entregues. Entretanto, os participantes da ocupação não foram permitidos voltar para o local em que estavam, mas permanecem na sede da prefeitura.
De acordo com a assessoria do Executivo municipal, a entrada e a saída do prédio foram interrompidas por questões de segurança.
Natália disse, ainda, que os ocupantes também conseguiram receber comida por volta das 21h30. Nesta tarde, algumas pessoas tentaram entrar no prédio para entregar alimentos para participantes da ocupação. Como não conseguiram, manifestantes que estavam no hall do gabinete do prefeito foram até à portaria. Também pela grade, os itens foram entregues. Entretanto, os participantes da ocupação não foram permitidos voltar para o local em que estavam, mas permanecem na sede da prefeitura.
De acordo com a assessoria do Executivo municipal, a entrada e a saída do prédio foram interrompidas por questões de segurança.
Uma mãe que participa da ocupação teve queamamentar a filha de oito meses pela grade da prefeitura. “O mínimo que eles poderiam fazer é deixar a criança entrar para ser alimentada. Lá em cima, nós estamos todos na paz. Nós estamos simplesmente esperando que o Marcio Lacerda nos atenda”, disse Fabiana Ferreira dos Santos, de 31 anos.
Segundo Larissa Pirchiner, advogada das Brigadas Populares, cerca de 70 pessoas participam do ato. Na área externa, mais de 100 manifestantes acompanham o protesto, informou a advogada.
Larissa, que está do lado de fora do prédio, explica que os manifestantes “ocupam a prefeitura porque, em cinco anos de governo, o Lacerda nunca abriu a mesa de negociações com os moradores de ocupações”.
No início da tarde, a prefeitura informou que uma comissão com representantes dos manifestantes seria recebida pelo secretário de Governo, Josué Valadão. Em nota, divulgada por volta das 15h10, a assessoria da administração municipal afirmou que o encontro foi realizado e que a prefeitura se comprometeu a fazer, no próximo dia 8, uma reunião, com a presença do prefeito Marcio Lacerda, para discutir temas relativos à política habitacional do município. Larissa Pirchiner argumenta que este encontro já estava agendado e que não contempla a pauta de reivindicações das ocupações urbanas.
Na área externa do prédio, o policiamento foi reforçado. Militares Tropa de Choque estão posicionados na Rua Goiás, em caráter preventivo, informou o policiamento no local.
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