Ouvidoria relata excesso por parte dos policiais em manifestação no RS
Relatório da Ouvidoria da Segurança Pública do Estado concluído na quarta-feira aponta que houve excesso por parte dos policiais e de guardas municipais durante a ação contra manifestantes no largo Glênio Peres, em Porto Alegre, no início de outubro. O entendimento da ouvidoria é baseado no depoimento de 28 pessoas que testemunharam ou participaram do confronto entre polícia e manifestantes que tentaram destruir o tatu-bola inflável, símbolo da Copa de 2014.
Os policiais não foram ouvidos. Também foram reunidos ocorrências, fotografias, vídeos e boletins de atendimento médico. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.
De 28 e-mails recebidos pela ouvidoria, apenas dois repudiaram a atitude dos manifestantes e consideraram a atuação da polícia adequada e proporcional. O relatório aponta ainda que a primeira agressão partiu dos policiais, não dos manifestantes. De caráter indicativo, o relatório da ouvidoria deve ser incorporado aos inquéritos.
O grupo policial que entrou em confronto passou por três dias de aula de reciclagem. Até o final de novembro, todo efetivo do Comando de Policiamento da Capital (CPC) que atua nesse tipo de ação deverá ter concluído o curso. Já a Guarda Municipal tem uma apuração administrativa em andamento. O resultado será encaminhado à corregedoria da guarda, que deve realizar uma sindicância sobre o fato.