25/06/2013 - 18h50 Plenário - Pronunciamentos - Atualizado em 26/06/2013 - 09h21
Renan anuncia votação de pauta prioritária no prazo de 15 dias
Da Redação
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Um dos projetos a serem apreciados por deputados e senadores vai assegurar a gratuidade no transporte público a todos os estudantes do país. A iniciativa é do próprio Renan Calheiros e traz como novidade a identificação da fonte de recursos para custear o passe livre estudantil: os royalties de petróleo, pré-sal e pós-sal, agora destinados exclusivamente à educação.
Renan afirmou que o Congresso vai ajudar “ativamente” o Poder Executivo a implementar os pactos apresentados pela presidente Dilma Rousseff nesta semana. O presidente garantiu que, mesmo sem terem sido previamente consultados, os parlamentares vão cooperar e agir como “facilitadores da mudança”.
- A sociedade reclama por melhorias no dia a dia, notadamente dos serviços públicos. O Congresso Nacional é a casa do povo e está sintonizado aos novos anseios. A sociedade muda, as leis precisam mudar e o Parlamento precisa ser mais ágil e objetivo. O Congresso Nacional, como sempre, dará as respostas – afirmou.
Pacto federativo e pacto da segurança
O presidente acrescentou que o Senado
vai incluir no pacote da presidente dois outros pactos: o federativo e
um pela segurança pública.No pacto federativo, serão discutidos a mudança do indexador das dívidas estaduais, o ICMS, os royalties e a partilha dos impostos do comércio eletrônico.
Já no pacto pela segurança pública, serão colocados em votação dois projetos de lei distintos, o que vincula receitas líquidas da União, estados e municípios para a segurança pública, por um período de cinco anos; e o que cria o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, aumenta a pena para traficantes e incentiva a ressocialização e tratamento de dependentes.
Deve ser apreciado ainda o projeto que agrava os crimes cometidos contra a vida, não permitindo que aqueles que praticam homicídios recebam benefícios como responder ao processo em liberdade. Renan criticou, por exemplo, o pagamento do auxílio-reclusão, que considerou indefensável. Também será colocado em votação, em regime de urgência, projeto que fixa a corrupção como crime hediondo, o que restringe, por exemplo, o acesso à progressão de regime.
Educação e saúde
Na lista de proposições a serem votadas pelo Congresso Nacional nos próximos dias estão também o PLC 103/2012,
que trata do Plano Nacional de Educação e obriga o investimento de 10%
do Produto Interno Bruto para a melhoria do ensino, e o PLC 89/2007, que destina 10% do Produto Interno Bruto para a saúde pública.Ainda sobre a saúde, serão colocadas em pauta duas propostas de emenda à Constituição. Uma cria, por concurso público, carreira de Estado para médicos e outra institui o serviço civil para egressos de universidades públicas na área de saúde. O serviço civil seria uma compensação dos médicos formados em universidade pública por meio da prestação de serviço no Sistema Único de Saúde (SUS).
Na questão da mobilidade urbana, os parlamentares vão apreciar proposta que amplia as desonerações no setor de transportes públicos, a fim de reduzir, ainda mais, as tarifas do transporte urbano.
Ficha Limpa
A pauta prioritária do Congresso Nacional inclui ainda proposta de
emenda constitucional que estende a exigência da ficha limpa aos
servidores púbicos. Renan anunciou que esse projeto já será incluído na
próxima sessão deliberativa, esta semana. Outro projeto a ser analisado
com urgência é o que pune juízes e membros do Ministério Público
condenados por crimes. Hoje, lamentou o presidente, os magistrados são
"blindados" e punidos apenas com aposentadoria.
Líderes partidários
A pauta legislativa foi estabelecida em conjunto com o presidente da
Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, e lideranças partidárias do
Senado. A iniciativa será apresentada à presidente Dilma Rousseff nesta
terça.A agenda prioritária foi elogiada pelos senadores em Plenário. Humberto Costa (PT-PE) defendeu que as propostas sejam votados com urgência e Inácio Arruda sugeriu a inclusão de outros projetos correlatos.
Serviço público
Renan Calheiros pediu ainda ao presidente da Câmara que aprove o
projeto de regulamentação do Código de Proteção do Usuário do Serviço
Público. Na semana passada, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) no
Supremo Tribunal Federal para que a Câmara dos Deputados e o Senado
cumpram o artigo 27 da Emenda Constitucional 19/1998.
A emenda fixou prazo de 120 dias, a contar de sua promulgação, para que
a Lei de Defesa do Usuário de Serviços Públicos fosse regulamentada.
Passados 15 anos da determinação, o Senado aprovou a regulamentação, mas
a proposta ainda precisa de aprovação dos deputados.