A Guarda Civil de Cotia decidiu em Assembléia Geral realizada na tarde dessa terça-feira(19), no Clube dos Comerciários, iniciar paralização por tempo indeterminado.
A "greve" teria sido desencadeada após reunião realizada ontem, na sede do Cecom, entre a Asguaco - Associação de Guardas Civis de Cotia, o comandante da Guarda, Henrique Albuquerque, o sub-secretário de segurança Auro Santos, o sub-secretário de gabinete Paulo Scavacini, o advogado da Associação, Dr. Michel Alves e 10 outros guardas civis.
Na reunião foi discutida a pauta de reinvindicações apresentada em documento protocolado na Prefeitura no último dia 27 de fevereiro, conforme matéria publicada noPortal Viva (saiba mais).
A Assembléia
Nossa reportagem acompanhou toda a discussão entre a categoria, antes da decisão pela paralização.
Cerca de 200 guardas compareceram ao Clube dos Comerciários na tarde de hoje onde, após uma hora de reunião, decidiram paralizar o serviço de "polícia", ficando apenas em postos fixos, como manda a lei.
O advogado da Associação enfatizou que "a Guarda Civil de Cotia é a melhor da região inteira e a que menos recebe".
"De concreto ontem não houve nada", disse o presidente da Associação Fernando de Andrade. Foi discutido e explicada a proposta da categoria. "Nossa proposta não é que haja uma greve, mas sim que trabalhemos de acordo com o que manda a Constituição", disse um dos coordenadores do movimento, CD Asche.
"Segurança Pública é obrigação do Estado. Nós fazemos por necessidade e não por obrigatoriedade", ressaltou. "A proposta é que a gente pare de trabalhar em atividades policiais. Chegamos a esse ponto depois da prefeitura fechar as portas para nós", disse.
A proposta votada e aprovada em Assembléia foi de se fazer a devolução das viaturas em frente à Prefeitura, e em seguida os guardas saírem pacificamente se dirigindo às bases, para assumir os locais públicos.
Negociação
Ao chegar em frente à Prefeitura, por volta das 15:30hs, a Comissão de Guardas foi recebida pelo sub-secretário de Segurança, Auro Santos e pelo Comandante Albuquerque que tentaram uma negociação, pedindo extensão do prazo para finalizar o que foi exposto na reunião de segunda-feira. Os guardas foram irredutíveis e pediram a presença do Prefeito na negociação.
Viaturas foram "enfileiradas" em frente à Prefeitura de Cotia
Após duas outras tentativas da Prefeitura em extender o prazo até a próxima 4a feira, às 14 horas, com agendamento de reunião com o prefeito, os guardas negaram a nova data e mantiveram a decisão da paralização.
O Secretário de Planejamento, Benedito Simões, foi quem intermediou junto ao sub-secretário de Segurança todas as tentativas de negociação. "As negociações nunca se fecharam. Estamos tentando conversar", disse.
Com a falta de acordo entre as partes, a Guarda Civil de Cotia decidiu dar início à paralização da categoria, com o recolhimento das viaturas nas bases e apresentação dos Guardas nos postos fixos.
Segundo a decisão tomada, a partir das 19 horas de hoje, o Cecom - Centro de Comunicação da Guarda Civil -, vai direcionar todas as chamadas recebidas para os respectivos órgãos responsáveis (PM-190, Bombeiros, Defesa Civil, etc).
Greve confirmada às 19 hs dessa terça-feira, após esgotadas todas as negociações
O Portal Viva optou por somente divulgar as informações da paralização, após esgotadas todas as negociações. Nossa reportagem continuará acompanhando o desenrolar dos fatos.
Uma nota de esclarecimento deve ser enviada à imprensa pela Guarda Civil, informando a sociedade sobre a paralização.