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A administradora Silvana Gonçalves não esconde o alívio ao declarar que agora se sente mais segura ao circular pela pista de caminhada da Orla Morena. “Poder caminhar com a certeza que estamos em segurança é importante. Venho todos os dias com minha família me exercitar aqui, pois estamos sempre avistando os guardas municipais e isso nos tranquiliza”.
A mesma sensação da profissional é refletida em uma grande parcela da população da capital. O trabalho da Guarda Municipal em pontos estratégicos da cidade tem contribuído para que isso ocorra. Whelton Borges, morador da área central destaca que a presença constante dos guardas municipais afastou os usuários de droga e trouxe mais segurança para que trafega diariamente pelo local. “Sentimos uma diminuição no número de usuário e também na ocorrência de pequenos furtos. A atuação da guarda intimida os bandidos, isso é fato”. O morador enfatiza que a aproximação dos guardas com a população é outro fator importante para criar essa sensação de segurança. “Como estamos sempre os vendo por aqui, já os conhecemos e alguns já chamamos direto pelo nome”.
A Guarda Municipal de Campo Grande tem efetivo de 1.895 agentes de segurança e conta com sete bases operacionais em Campo Grande são elas: Bandeira, Lagoa, Segredo, Prosa, Centro, Imbirusu, Anhaduizinho. Criada para garantir a integridade do patrimônio público municipal, hoje a Corporação tem novas responsabilidades e sua tropa passa por diversos cursos e treinamentos para ser parte integrante do sistema de segurança pública da Capital.
A Guarda Municipal participa da fiscalização do trânsito, competência prescrita na Lei 13.022/2014, com 80 guardas nas ruas de Campo Grande e também da segurança dos terminais de ônibus. Há ainda o patrulhamento ostensivo, atuando como força preventiva no combate ao crime. Desde fevereiro deste ano, a Guarda Municipal faz parte da Casa da Mulher Brasileira, com a patrulha Maria da Penha, que atende as mulheres vítima de violência e com medida protetiva expedida pelo poder judiciário.
Utilização de armas
Pesquisa realizada recentemente pela empresa, Desafio Educacional e Pesquisa, mostra que 68% da população da capital é favorável ao uso de arma de fogo pela guarda municipal. Para muitos cidadãos isso aumenta o poder de reação as ações dos bandidos e empodera o trabalho dos guardas.
Atualmente, cerca de 50 guardas municipais já estão trabalhando munidos de pistola spark (arma de eletrochoque) não letais. O armamento letal será introduzido após a seleção interna e preparação em parceria com a Polícia Militar. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) está com processo de doação de 275 armas de fogo, em convênio, para uso da Guarda Civil Municipal.
Essa primeira turma que passará pelo treinamento para usar armas de fogo terá que passar pelo exame psicotécnico, apresentar documentação exigida pelo Estatuto do Desarmamento Lei 10826, e ainda comprovar a carga horária exigida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) que é de 476 horas de aula. Depois de concluída esta fase, outros 200 guardas serão submetidos as mesmas ações.
Trabalho Integrado
Nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, houve 17 mortes no trânsito da Capital. No mesmo período de 2015, já com a Guarda Municipal no trânsito, este número abaixou para 14 mortes.
Em fevereiro desse ano, foi implantada a Patrulha Maria da Penha, composta por 30 guardas municipais para o atendimento de ocorrências de violência contra a mulher. Os guardas em patrulha, quando acionados, vão até a casa da mulher vítima de violência. Caso ela tenha sofrido alguma lesão grave, será encaminhada à unidade de saúde mais próxima e o agressor será preso em flagrante.
Na segurança dos terminais de transbordo, escolas e pontos estratégicos da capital a Guarda Civil Municipal tem colaborado para reforçar a segurança e redução dos índices de violência e criminalidade.
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