Projeto prevê extinção da Guarda Municipal de Criciúma
Profissionais passariam a atuar no trânsito da cidade
Um projeto será levado até a Câmara de Vereadores de Criciúma para que a guardas municipais passem a atuar como agentes de trânsito. O documento será desenvolvido pela Autarquia de Segurança, Trânsito e Transportes de Criciúma (ASTC) através do procurador-geral de Criciúma. Posteriormente, o projeto será analisado pelo prefeito, Clésio Salvaro, e encaminhado ao Legislativo.
De acordo com o presidente da ASTC, Giovanni Zappellini, percebeu-se a necessidade para que os profissionais passem a atuar exclusivamente no trânsito da cidade. “A segurança é dever do Estado tanto estadual como federal com a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Polícia Federal. Ficando com o trânsito vamos suprir a demanda que a PM tem feito. Muitos policiais têm se deslocado para atender acidentes de trânsito. Nossos agentes poderão desempenhar esta função com grande qualidade”, justifica.
Após a ação judicial que determinou que os guardas ficassem em alguns pontos fixos da cidade, a ASTC sentiu dificuldades de profissionais que atuassem no trânsito. “Em alguns colégios com a entrada e saída de alunos, o trânsito fica caótico e não temos agentes que atuem nestes locais”, frisa. Atualmente, o município possui 75 guardas municipais e 12 agentes de trânsito. Segundo Zappelinni, os guardas se juntariam aos agentes e nenhum profissional sofreria perdas, como salários e benefícios.
Os guardas municipais são contrários ao projeto. Segundo o presidente da Associação dos Guardas Municipais de Criciúma, Alberto Viana, o projeto é um golpe da administração pública contra os guardas e a população. “Eles não querem cumprir a lei número 13.022 de agosto do ano passado, que institui normas gerais para as guardas municipais, prevendo a proteção dos bens, serviços e instalações do município”, frisa.
Para os guardas, esta decisão é um retrocesso para a cidade. “Querem dizer que a segurança é de responsabilidade do Estado, mas não explicam que a cidade também possui sua parcela na segurança. Querem onerar a folha do município, mas é só cortar os salários dos cargos comissionados da prefeitura. Hoje, temos um leque na segurança pública, atuando na prevenção”, frisa.
A lei prevê que seja investido em equipamentos, estatuto próprio, canil e que 200 guardas atuem na cidade, entre outras exigências. “É uma série de atividades que eles não querem cumprir. Além disso, corre o risco de que profissionais sejam demitidos”, salienta.
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