Após crime na UPA, secretário defende Guarda Municipal armada em Londrina
- Juliana Leite
O secretário municipal de Defesa Social de Londrina, coronel Rubens Guimarães voltou a defender o porte de armas para a Guarda Municipal. Isso porque no último sábado (20) dois agentes presenciaram um assassinato de um adolescente de 17 anos dentro da Unidade Pronto Atendimento (UPA) 24h do Jardim Sabará, na zona oeste da cidade
- "O que me questiono é se haveria tamanha ousadia dos marginais. Será que se a Guarda Municipal estivesse armada eles teriam tido esse comportamento?", indagou nesta tarde. No entanto, o coronel preferiu tratar do caso como uma situação "inusitada" e que medidas de segurança de todos os espaços públicos estão sendo reconsideradas. "A ação merece um estudo. Mas não é algo comum, que acontece todos os dias. Foi isolado", explicou.
Na UPA do Sabará, segundo o secretário municipal, a segurança é feita o dia todo. Porém, no momento do crime, os guardas estariam nos fundos da unidade e não teriam visto a chegada dos atiradores, que chegaram em uma motocicleta, adentraram o local e passaram a disparar contra o adolescente, causando pânico entre os servidores e demais pacientes.
Guimarães comentou sobre a dificuldade da corporação atuar 24h nos espaços públicos. Para dar conta da demanda, grande parte da cidade o trabalho é desempenhado por meio de rondas. "Não há gente suficiente. Só para se ter uma ideia, são 110 escolas municipais, no espaço urbano e rural. Teríamos que ter 880 guardas só para esse serviço. Tivemos uma melhora, pois dos 180 guardas iniciais saltamos hoje para 368. É um avanço, mas ainda não suficiente", pontuou.
Por lei, a Guarda Municipal em Londrina pode portar arma de fogo. Porém o município, em quatro anos, não conseguiu promover o curso de tiro aos agentes públicos. O processo esbarra na burocracia entre a Prefeitura de Londrina e o governo do Estado. Após tentativas com a Polícia Civil, Federal e com o 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM), agora a aposta é para vínculo com o 2º Comando Regional da PM.
"Estive pessoalmente em Curitiba na última semana e dei entrada na proposta do curso do tiro. O comando tem cinco batalhões e quatro companhias independentes na região. Pedi certa agilidade no processo, mas dependemos de terceiros", comentou o secretário municipal, que ainda lembrou que o trâmite precisa ser aprovado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Procuradoria Jurídica estadual.
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