04/08/2013 07:00
Guardas municipais pagam para trabalhar
Eles tiram do próprio bolso o conserto de viaturas e fazem serviços braçais para manter patrulhamento
O sorocabano está acostumado a abrir jornais, sites e ver na televisão que a GCM (Guarda Civil Municipal) de Sorocaba realiza um trabalho intenso que gera diversos flagrantes, sobretudo de tráfico de drogas, tanto que no primeiro semestre deste ano, a corporação registrou 471 ocorrências deste tipo crime, principalmente envolvendo adolescente.
Porém, o que poucos sabem é que, para patrulhar os prédios públicos da cidade, boa parte dos GCMs faz vaquinhas e paga do próprio bolso as peças e os vidros das viaturas que frequentemente quebram.
O mais alarmante é que a prefeitura tem conhecimento do fato, mas só agora garantiu que em até três meses a situação será resolvida.
Além disso, os profissionais se sentem desmotivados pela falta de reconhecimento do trabalho realizado. “Não está fácil. Nós amamos o que fazemos e não queremos parar, mas as condições são poucas”, afirma um guarda civil que preferiu não se identificar com medo de represálias.
Parte da frota da GCM estava alocada na antiga sede da corporação, ao lado da prefeitura. Os próprios guardas trabalharam como pedreiros, serventes e pintores para deixar o lugar em condições, pedindo doação do material necessário para pequenos reparos. “Não tivemos nenhum centavo de dinheiro público para isso”, acrescenta um outro GCM que também não quis se identificar.
Mesmo assim, eles estão de mudança para o antigo prédio do Saae da Vila Haro. Funcionários da execução fiscal da prefeitura terão de deixar as duas salas que ocupavam no Fórum, à pedido da Justiça, e irão para o prédio da antiga sede da Guarda Civil.
Por isso, o BOM DIA foi acompanhar do lado de fora o trabalho de limpeza do novo espaço que, mais uma vez, está sendo feito de forma braçal pelos guardas.
A mudança está programada para ocorrer oficialmente durante esta semana.
Porém, o que poucos sabem é que, para patrulhar os prédios públicos da cidade, boa parte dos GCMs faz vaquinhas e paga do próprio bolso as peças e os vidros das viaturas que frequentemente quebram.
O mais alarmante é que a prefeitura tem conhecimento do fato, mas só agora garantiu que em até três meses a situação será resolvida.
Além disso, os profissionais se sentem desmotivados pela falta de reconhecimento do trabalho realizado. “Não está fácil. Nós amamos o que fazemos e não queremos parar, mas as condições são poucas”, afirma um guarda civil que preferiu não se identificar com medo de represálias.
Parte da frota da GCM estava alocada na antiga sede da corporação, ao lado da prefeitura. Os próprios guardas trabalharam como pedreiros, serventes e pintores para deixar o lugar em condições, pedindo doação do material necessário para pequenos reparos. “Não tivemos nenhum centavo de dinheiro público para isso”, acrescenta um outro GCM que também não quis se identificar.
Mesmo assim, eles estão de mudança para o antigo prédio do Saae da Vila Haro. Funcionários da execução fiscal da prefeitura terão de deixar as duas salas que ocupavam no Fórum, à pedido da Justiça, e irão para o prédio da antiga sede da Guarda Civil.
Por isso, o BOM DIA foi acompanhar do lado de fora o trabalho de limpeza do novo espaço que, mais uma vez, está sendo feito de forma braçal pelos guardas.
A mudança está programada para ocorrer oficialmente durante esta semana.
‘Não é para se sentir desmotivado’, diz JoãoO BOM DIA conversou com o secretário de Governo de Sorocaba, João Leandro da Costa Filho, sobre os problemas reclamados pelos guardas municipais.
Segundo ele, este esforço por parte dos guardas só demonstra a grandeza e o profissionalismo da corporação. “Essas pessoas trabalham com amor e postura diferenciada, principalmente após este comportamento: de arcar com os custos para não interromper o trabalho”, elogia.
O secretário também ressaltou que a intenção não é que os próprios GCMs façam esses trabalhos, mas admite que a prefeitura está com dificuldades para manter a manutenção de toda frota pública, não somente as viaturas. “Muitos profissionais da área de manutenção se aposentaram e não foram substituídos. Além disso, esbarramos na burocracia que leva mais de um mês para que o processo de compra de uma peça seja concluído.”
Ele garantiu que em até três meses o problema será resolvido. “Iremos organizar uma ata de preços que vai agilizar a burocracia e poderá contar também com oficinas credenciadas com a prefeitura.”
O secretário finaliza dizendo que não é para os GCMs se sentirem desmotivados, pois a intenção nunca foi causar qualquer tipo de constrangimento. “Se a prefeitura não der condições de trabalho e viaturas, aí sim a Guarda terá razão neste caso.”
Segundo ele, este esforço por parte dos guardas só demonstra a grandeza e o profissionalismo da corporação. “Essas pessoas trabalham com amor e postura diferenciada, principalmente após este comportamento: de arcar com os custos para não interromper o trabalho”, elogia.
O secretário também ressaltou que a intenção não é que os próprios GCMs façam esses trabalhos, mas admite que a prefeitura está com dificuldades para manter a manutenção de toda frota pública, não somente as viaturas. “Muitos profissionais da área de manutenção se aposentaram e não foram substituídos. Além disso, esbarramos na burocracia que leva mais de um mês para que o processo de compra de uma peça seja concluído.”
Ele garantiu que em até três meses o problema será resolvido. “Iremos organizar uma ata de preços que vai agilizar a burocracia e poderá contar também com oficinas credenciadas com a prefeitura.”
O secretário finaliza dizendo que não é para os GCMs se sentirem desmotivados, pois a intenção nunca foi causar qualquer tipo de constrangimento. “Se a prefeitura não der condições de trabalho e viaturas, aí sim a Guarda terá razão neste caso.”
MAIS
Longe das ruasRecentemente, a Romu (Ronda Ostensiva Municipal) teve de se ficar distante das ruas, pois só havia uma viatura funcionando. Então, no horário de expediente, os GCMs permaneciam na base por causa da falta de veículo para locomoção. A situação também ocorre com os carros do patrulhamento comum. Para evitar situações como esta, os próprios guardas faziam o orçamento e o pagamento das peças.
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