Prefeitura forneceu 32 pistolas para reforçar equipamentos da corporação.
Efetivo denunciou falta de equipamentos durante manifestação na Câmara.
Após atos violentos e da depredação do prédio da Câmara de Sumaré (SP) provocados por vândalos durante uma manifestação, que deixou três guardas municipais feridos, a Prefeitura entregou 32 novas pistolas automáticas para a corporação. No protesto na noite de terça-feira (25), o efetivo denunciou a falta de equipamentos de segurança e armamento para conter os atos criminosos.
A Prefeitura não informou se os guardas vão passar por treinamento específico para lidar com o armamento, apenas disse que os 129 guardas passam periodicamente por cursos de reciclagem, que contemplam aulas de defesa pessoal e primeiros socorros.
Além das armas e munição, a Administração afirmou que um procedimento para a locação de novas viaturas está na fase final, mas não informou o prazo para a conclusão do processo. Sobre o ofício, assinado pelos vereadores e enviado nesta quarta-feira (26), exigindo coletes, escudos e bombas de efeito moral, a Prefeitura informou que já foi solicitado à compra de protetores corporais, escudos e capacetes.
Durante os protestos na noite de terça-feira (25), um grupo de vândalos atirou pedras e quebrou vidraças do prédio do Legislativo. Os guardas municipais foram atacados sem revidar, pois estavam armados apenas com cassetetes. Antes do confronto, os participantes da manifestação pacífica entregaram uma lista de reivindicações aos vereadores, exigindo melhorias no transporte público da cidade.
A prefeita Cristina Carrara (PSDB) explicou por meio de assessoria que a tarifa dos ônibus não tem reajuste desde 2011. "A tarifa de Sumaré é uma das menores da região metropolitana de Campinas, de R$ 2,50. É um compromisso de nosso governo melhorar o sistema de transporte”, comentou em nota.
Em entrevista ao G1, o secretário de Segurança Pública do município, Luiz Carlos Piazentin, admitiu a falta de estrutura. "Os guardas não tinham capacetes", disse. O presidente da Câmara, Dirceu Dalben, informou que os guardas não tinham escudos e nem coletes à prova de balas para proteção durante o confronto. “Eles vieram com a cara e a coragem, não tinham como conter a manifestação, há tempos eles reclamam da falta de investimento”, explicou. No entanto, Piazentin, afirmou que a corporação estava em condições de evitar a invasão da Câmara. "Eles cumpriram o trabalho, onde os guardas estavam não houve invasão, nós vamos continuar protegendo o patrimônio público, é difícil, mas estamos fazendo", explicou.
Demora da PM
Dalben informou que os vereadores acionaram a Polícia Militar quando perceberam que os vândalos estavam tentando invadir o prédio. No entanto, segundo ele, a Tropa de Choque demorou cerca de uma hora para chegar ao local e conter a manifestação. "O tempo que demorou foi o necessário para os vândalos atacarem o prédio, ficamos presos aqui".
"Estamos desarmados, não tem bomba, estamos esperando o apoio da Polícia Militar. Segundo o comando a Polícia Militar iria apoiar a gente”, disse o guarda Rodrigo Ruiz, que estava dentro da Câmara durante a depredação do prédio. O secretário de Segurança Pública de Sumaré afirmou que não houve demora na chegada da PM.
O comando do 48º Batalhão da PM, responsável pela ação, garantiu que o trabalho da Tropa de Choque foi adequado e dentro do esperado. Quanto a demora, a PM informou que atendeu a ocorrência assim que foi chamada para conter os manifestantes, já que a proteção do prédio público é de responsabilidade da Guarda Municipal. Ainda segundo o comando da PM, a expectativa era que o protesto seria pacífico, devido a negociação entre a Secretaria de Segurança Pública e a liderança da manifestação.
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