Militares que atuaram no Haiti e no Alemão farão segurança da Rio+20
30 de maio de 2012 • 18h39
Militares que atuaram no Haiti e no Alemão farão segurança da Rio+20
30 de maio de 2012 • 18h39
Militares que atuaram nas forças de paz do Haiti e no Complexo do Alemão serão os principais responsáveis pela segurança do Riocentro, pavilhão de exposições que vai abrigar as reuniões principais da Rio+20, conferência organizada pela ONU que vai discutir questões relativas ao desenvolvimento sustentável do planeta. Ao todo, 2 mil homens das Forças Armadas, Polícia Federal (PF), polícias Civil e Militar, além de Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal, atuarão apenas na área onde os chefes de Estado discutirão os temas da Rio+20.
Desse total, 1,2 mil serão de homens do Exército altamente treinados e com experiência em regiões de conflito. São militares de brigadas do Exército sediadas em Juiz de Fora (MG), Brasília (DF) e Goiânia (GO). Eles serão comandados pelo general Otávio Rego Barros, que também tem experiência na liderança de tropas no Haiti e no Alemão. Rego Barros evita dar detalhes do esquema para garantir a tranquilidade do evento, mas garante que haverá segurança suficiente. "Teremos o aparato necessário, com destaque para o pavilhão 5, onde as principais autoridades se reunirão", afirmou.
Parte dos militares envolvidos na missão já trabalham há algum tempo no Riocentro para fazer todo o reconhecimento do local, preparar o esquema e implementá-lo para a Rio+20. A partir do dia 13, quando as equipes começarão a fazer as reuniões preparatórias para as discussões entre os chefes de Estado, o acesso ao pavilhão de exposições situado em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, ficará restrito. Somente pessoas credenciadas poderão circular pelo local. "Os cuidados necessários já estão sendo tomados. Vamos intensificar ainda mais os controles de acesso, especialmente de fornecedores. Será uma área restrita", comentou.
Além de restrita, a região do Riocentro estará sob controle da ONU, organização à qual Rego Barros estará subordinado durante a Rio+20. Cerca de 100 agentes de segurança da organização também vão integrar o esquema de segurança no centro de exposições.
Haverá diversos detectores nos acessos aos pavilhões do Riocentro. Serão aparelhos que detectarão desde metais a elementos químicos e biológicos. Máquinas de raio X também farão parte do aparato de segurança.
Em toda a cidade, serão 15 mil homens do Exército atuando no esquema de segurança da Rio+20. Rego Barros lembra que, desta vez, esses militares ficarão mais concentrados nas áreas referentes aos locais onde ocorrerão eventos da conferência. O general explicou que as favelas pacificadas facilitam a segurança do evento, e exigem menos militares nas ruas. "Temos uma cidade menos conflagrada, se comparada à década de 90, quando houve a Eco 92. Haverá a percepção de menos militares nas ruas", observou.
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