GCM de Itaquá morto pela PM tinha permissão para usar arma
Funcionário possuía um salvo-conduto para andar armado. diz secretário.
Sábado ele foi morto pela PM ao ser confundido com um ladrão.
O secretário de Segurança Urbana de Itaquaquecetuba Geraldo Perioto disse nesta segunda-feira (8) que o guarda civil Roberto Carlos Ribeiro dos Santos, morto com um tiro disparado pela Polícia Militar após serconfundido com um ladrão, tinha permissão para usar arma de fogo. Ele morreu ao ser atingido por um tiro durante uma perseguição a suspeitos de roubo
No entanto, o secretário explica que o armamento não pertence à Prefeitura. “Alguns guardas possuem um salvo-conduto expedido pelo poder Judiciário. Cada um é proprietário da sua arma. A compra da arma é por conta do "guarda”, esclarece Perioto. A PM alega ter atirado após o servidor, que corria com uma pistola na mão, ter se virado na direção da equipe da polícia.
A ocorrência foi na noite de sábado (6). Segundo o secretário, a Prefeitura de Itaquaquecetuba não exige que os guardas andem armados. “Atualmente, a Prefeitura não tem condições para adquirir armas para todos os guardas. Mas já está previsto no orçamento de 2015 a compra do armamento para os integrantes.”
Perioto informou ainda que atualmente a Guarda-Municipal é composta por 270 servidores e cerca de 15% desse total é formado por mulheres. Ele esclareceu que na noite sábado Santos acompanhava o secretário de Cultura em um evento da pasta que acontecia na Câmara. “Independente de estar trabalhando ou não, o servidor é guarda-municipal 24 horas."
O prefeito Mamoru Nakashima destaca que a Prefeitura está empenhada em esclarecer as circunstâncias da morte do GCM. “Ele não estava de serviço, por isso não estava com uniforme”, explica o prefeito. Ele diz ainda que o uniforme é só uma das questões da segurança da cidade. “Dinheiro é insuficiente. Estamos atrás de recursos. Não tínhamos a certidão negativa de débitos (CND ) e não podíamos fazer convênios. Agora que regularizamos isso, vamos atrás de mais recursos.”
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O corpo do guarda foi enterrado em um cemitério do Itaim Paulista na capital na segunda-feira (8). Na saída do velório durante a manhã, os familiares do guarda-municipal estavam abalados. O irmão do GCM, Osvaldo Ribeiro afirma que o policial militar foi despreparado. “Ele não deu voz de prisão, não mandou baixar a arma e atirou”, acusa Osvaldo. Ele acha que o irmão foi mais uma vítima do racismo por ser negro. “Se fosse branco talvez não fosse assim.”
Em nota, a Polícia Militar informa que “Roberto Carlos Ribeiro dos Santos estava de folga e portava uma pistola calibre 380.” Ainda segundo a PM, o GCM “corria com sua arma de fogo à mão; ato contínuo, o mesmo virou-se na direção da equipe Policial Militar e, ainda com a arma em punho,foi atingido pelos policiais militares, ferindo-o no tórax. O guarda-municipal chegou a ser socorrido ao Hospital Santa Marcelina, infelizmente, não resistindo ao ferimento.” De acordo com a PM foram instaurados inquéritos pela PM e pela Polícia Civil para apuração do caso.
Entenda o caso
De acordo com o boletim de ocorrência registrado em uma delegacia de Itaquaquecetuba, por volta das 20h de sábado (7) o guarda-municipal de 34 anos estava na Câmara Municipal. No local era feita a apresentação do coral municipal em comemoração ao aniversário da cidade que é nesta segunda-feira (8).
De acordo com o boletim de ocorrência registrado em uma delegacia de Itaquaquecetuba, por volta das 20h de sábado (7) o guarda-municipal de 34 anos estava na Câmara Municipal. No local era feita a apresentação do coral municipal em comemoração ao aniversário da cidade que é nesta segunda-feira (8).
O secretário municipal de Segurança Geraldo Perioto contou que o guarda-municipal deixou o local quando uma mulher foi procurar ajuda depois de ter sido assaltada no meio da multidão. Na tentativa de encontrar os ladrões, a vítima e outros guarda-municipais correram para uma rua há poucos metros da Câmara porque viram uma movimentação e acharam que poderia ser dos suspeitos.
Segundo o secretário de Segurança, dois policiais militares também foram chamados para a mesma ocorrência. Em uma esquina um dos PMs atirou no guarda-municipal. A Polícia Civil ainda não esclareceu as circunstâncias em que o disparo foi feito, mas a suspeita é que o policial militar confundiu o guarda com um dos ladrões por ele estar sem a farda da corporação.
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