Giselda Campos
Já vivenciando uma relação complicada com a categoria - que não conseguiu conquistar as principais reivindicações salariais de 2012, o prefeito Anderson Adauto (sem partido) abre as baterias contra os servidores públicos municipais a menos de três meses do final do seu governo. Através de duas notas distribuídas ontem, através da assessoria de imprensa da Prefeitura de Uberaba, ele anuncia represálias contra os "servidores que se licenciaram para candidatar-se e receberam menos de 400 votos", e, ainda, contra os guardas municipais que comemoraram, com fogos de artifício, a exoneração do ex-diretor Marco Túlio Gianvecchio. O prefeito revela que teve acesso a relatório detalhado sobre as votações dos servidores candidatos. Segundo ele, levantamento realizado pelo Departamento Central de Desenvolvimento de Recursos Humanos, da Secretaria Municipal de Administração, informa que, dos 29 servidores que se afastaram sem prejuízo dos vencimentos, 22 tiveram entre 39 e 382 votos como candidatos a vereador. "Os que foram candidatos nas últimas eleições e tiveram baixa votação terão que apresentar explicações" - diz a nota. A justificativa é de que o estatuto do servidor prevê que "em caso do candidato obter votação inferior a 400 votos, poderá ser aberto processo administrativo visando à apuração de desvio de finalidade". Anderson Adauto determinou à Secretaria de Administração e à Procuradoria-Geral do Município que executem o que determina o estatuto, para que - segundo ele, nas próximas eleições, os funcionários considerados "sem-voto" não sejam candidatos novamente e fiquem sem trabalhar, recebendo da municipalidade.
Comemoração - A outra nota envolvendo servidores diz respeito à manifestação na porta da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes Especiais, Proteção de Bens e Serviços Públicos, onde funciona a Guarda Municipal. Através de fogos de artifício, guardas municipais comemoraram a exoneração do ex-chefe, alvo de inúmeras denúncias e queixas por parte dos ex-subordinados. O prefeito - segundo a nota distribuída ontem para a imprensa, recebeu o apoio do novo diretor da corporação, coronel PM Antônio de Sousa Filho. Ambos lamentaram a manifestação realizada pela saída de Marco Túlio Gianvecchio. Segundo Anderson, a exoneração de Gianvecchio do cargo ocorreu em função da exposição acentuada na imprensa. "Já tinha dado a orientação de que não mais acontecesse" - observou o prefeito. Para o novo diretor, "a atitude dos servidores foi um ato de indisciplina e desrespeito ao companheiro de carreira, que continuará compartilhando do trabalho e dos problemas do dia a dia da corporação." Gianvecchio faz parte da corporação. "Os excessos serão tratados adequadamente através de processo administrativo" - garantiu.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários,críticas,sugestão são bem vendas!