Lei federal determina avaliação e acompanhamento dos agentes a cada 2 anos. Sindicado denuncia que pelo menos 249 guardas têm avaliação vencida.
O Ministério Público (MP) informou nesta quarta-feira (8) que vai cobrar explicações da Prefeitura de Limeira sobre a falta de avaliação psicológica dos guardas municipais. A empresa responsável para prestar o serviço na Guarda é alvo de investigações da Polícia Federal e foi contratada durante a gestão do prefeito afastado Silvio Félix (PDT). Mesmo com a obrigatoriedade da lei federal, que determina o acompanhamento dos agentes a cada dois anos, pelo menos 249 guardas trabalham sem avaliação, segundo denúncia do presidente do sindicato que representa a categoria, André Moisés. Para o promotor de Justiça Luiz Alberto Bevilacqua, devido às situações de risco que os guardas são expostos aumenta a necessidade do cumprimento da lei. "Podemos tentar obrigar que as avaliações sejam feitas em um tempo recorde para que identifiquemos também aqueles que não tenham condições para andar armado e poder dar a defesa ao patrimônio público municipal”, afirma. O secretario de Segurança, Siddhartha Carneiro Leão, indiciado pela PF por desvio de dinheiro de cursos da Guarda e pelo crime de falsidade ideológica, admitiu falhadas no convênio e disse que após os indícios de irregularidades da empresa suspendeu as avaliações. Além de Leão, a dona da empresa de treinamentos Margarete Cárnio e o ex-diretor da GM Nilton Xavier Ribeiro também foram denunciados na investigação.
A prefeitura confirma o atraso nas avaliações e informou que ainda não foi notificada sobre o pedido da promotoria. Uma nova empresa foi contratada e deve começar a trabalhar nas próximas semanas, segundo a administração que não divulgou detalhes da contratação.
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