A GCM (Guarda Civil Municipal) de São Bernardo está em estado de greve a partir de hoje. A medida foi aprovada em assembleia realizada na noite de ontem, na sede do Sindserv (Sindicato dos Servidores). Com a deliberação, a categoria está se preparando para a eventual paralisação geral. A última vez que os guardas municipais estiveram em greve foi em 2007, quando ficaram 32 dias de braços cruzados.
Pelo menos 250 servidores acompanharam a reunião. Além do estado de greve, foi aprovada a manutenção da proposta apresentada ao governo, de revisão do estatuto da categoria e discussão das referências salariais. Além disso, foi definida a realização de algumas ações, denominada "avalanche azul", em alusão à cor do uniforme dos guardas. Dentre as atividades programadas está uma outra plenária dia 15, na base da GCM, próxima ao Paço Municipal e outras atividades, algumas mantidas em sigilo pela direção do sindicato.
A assembleia foi realizada um dia após integrantes do Sindserv se reunirem com o secretário de Administração e Modernização Administrativa, José Agnaldo Beghini de Carvalho. Segundo o presidente da entidade, Giovane Chagas, não foi apresentada qualquer proposta pela Prefeitura. "Eles não foram para negociar. Queremos que sejam corrigidas as perdas inflacionárias ao longo dos anos, devolvendo o poder aquisitivo dos guardas", disse Chagas.
Segundo o líder sindical, o secretário voltou a mencionar a discussão sobre o PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração), incluindo nela a situação da corporação. "Como vamos discutir um plano de cargos que foi rejeitado em assembleia pela categoria?", indagou o diretor do Sindserv, Carlos Roberto da Silva, o Ketu. Os sindicalistas estão dispostos a negociar com a Prefeitura, mas cobram agilidade nas decisões.
Durante a reunião, era visível o descontentamento dos guardas, que levantaram problemas estruturais que dificultam o trabalho no cotidiano.
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