domingo, 24 de agosto de 2014

Porteiro prende pichadores no telhado e chama a GM


Ciciro Back
Quatro jovens ficaram trancados até guardas municipais chegarem.
Quatro pichadores foram presos em flagrante, no fim da noite de segunda-feira, no Centro. Vindos de Santa Felicidade, os jovens foram detidos pelos moradores do prédio, na Rua Lourenço Pinto, que notaram a movimentação estranha pelas câmeras de segurança e encurralaram os invasores no último andar, usando uma algema para trancar a grade da escadaria.
Às 23h45, o visitante de uma moradora entrou e deixou o portão aberto. Logo atrás, entrou o primeiro pichador, que subiu o elevador falando ao telefone. Um dos moradores estava na janela, achou estranha a movimentação e começou a observar as câmeras de segurança, até ver que, dois minutos depois, mais três rapazes subiram também até o último andar. O morador saiu de fininho no corredor do último andar, fechou a grade com o que achou em casa, uma algema que pertencia a seu pai policial. Depois, chamou vizinhos.
Enquanto três jovens subiram no telhado, para pichar a fachada, outro ficou na grade, xingando e ameaçando um morador que ficou cuidando do corredor, enquanto outro vizinho chamava a polícia. Até a chegada da Guarda Municipal, os moradores não sabiam o que os quatro invasores queriam. Para a pichação, os marginais usaram uma lata de tinta automotiva preta, pincéis e rolos de pintura. Ainda derrubaram parte da tinta no chão e sujaram a parede.
Um empreiteiro que fazia o conserto do telhado ontem à tarde contou que, de vez em quando, é chamado por síndicos no Centro para limpar pichações. “Não pego mais esse tipo de serviço. Dá muito trabalho de tirar a tinta. Eles usam essas difíceis de tirar, como tinta pra carro, que seca rápido e não sai fácil da parede”, contou o trabalhador.
Deboche
Depois que foram detidos, os jovens ficaram no saguão do prédio, enquanto os guardas preenchiam a papelada do flagrante. Segundo uma funcionária, os quatro não deram muita importância de ser detidos e ter de pagar multa de R$ 1.693,20 cada um. “A gente paga parcelado no cartão de crédito”, debochou um dos detidos, todos de classe média. Nesse meio tempo, segundo testemunhas, eles disseram várias histórias sobre por que tinham entrado no prédio. Entre elas, que foram mandados cobrir outra pichação mais antiga na fachada.
Na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, o delegado Wallace de Oliveira Brito responsabilizou Alisson Ribeiro dos Santos, 21 anos, Leandro Gomes dos Santos, 23, Diego Monteiro, 24, e Elias Felipe Slavan, da mesma idade, pela pichação. Eles assinaram termo circunstanciado e foram liberados, já com audiência marcada para a próxima segunda-feira no juizado especial. O delegado ainda autuou os quatro por invasão de domicílio e ameaça. “Um deles disse que sabia onde eu morava e que eu ia ver a hora que estivesse entrando ou saindo do prédio”, contou a vítima.
Dos quatro detidos, dois já tinham antecedentes criminais. Um deles ficou um ano preso por furto. De janeiro a julho, a Guarda Municipal atendeu 934 ocorrências de pichação, com 170 detidos: 92 adolescentes e 78 adultos.

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