Jovem diz ter sido barrado ao chegar de ônibus em shopping e vai à polícia
Estudante de Campinas fez boletim de ocorrência no 4º Distrito Policial.
Adolescente afirma ter entrado no centro comercial em 2ª tentativa, de carro.
Do G1 Campinas e Região
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Um estudante de 17 anos registrou nesta segunda-feira (16) um boletim de ocorrência no 4º Distrito Policial (DP) de Campinas (SP) no qual acusa a segurança do Shopping Iguatemi de barrá-lo na entrada do centro de compras. Segundo relato do adolescente, que chegou de ônibus ao local, outros cerca de 50 jovens que aparentavam também ser menores de idade passaram pela mesma situação na noite de sexta-feira (13), quando a Guarda Municipal confirmou ter sido chamada para atender ocorrência de tumulto na área externa do local.
O jovem afirmou em depoimento que só conseguiu acessar o shopping em uma segunda tentativa, quando passou pela portaria de carro, com a tia. Em entrevista ao G1, ele classificou como "humilhante" a situação de ser impedido de entrar uma área de acesso público. "Passavam por mim na rua, em frente à entrada, e faziam piada", disse.
À Polícia Civil, ele contou que após desembarcar do ônibus e dirigir-se a uma das entradas, foi barrado por três seguranças uniformizados, que perguntaram o que ele faria no centro comercial. Ao responder que iria ao cinema, o rapaz foi informado que não poderia entrar por ser menor de idade e estar desacompanhado.
'Medida discriminatória'
A professora Gabriela Domingues Coppola, tia do rapaz, acredita que foi determinante para o sobrinho ser barrado o fato de ele ter ido de ônibus ao shopping. "Eu passei a cancela do shopping [de carro] com ele, entrei, o deixei na porta do Iguatemi e saí. Ninguém me perguntou nada, ninguém falou nada", afirmou. Ela relatou que sequer precisou acompanhá-lo no acesso às lojas.
A professora Gabriela Domingues Coppola, tia do rapaz, acredita que foi determinante para o sobrinho ser barrado o fato de ele ter ido de ônibus ao shopping. "Eu passei a cancela do shopping [de carro] com ele, entrei, o deixei na porta do Iguatemi e saí. Ninguém me perguntou nada, ninguém falou nada", afirmou. Ela relatou que sequer precisou acompanhá-lo no acesso às lojas.
"É uma medida discriminatória [...] ele só queria ir ao cinema, isso é cercear a liberdade dele de ir e vir", disse a professora, que acompanhou o adolescente no registro da ocorrência.
Shopping
Em nota, o Shopping Iguatemi disse que as "medidas adotadas na última sexta-feira tiveram por objetivo resguardar os adolescentes, clientes e lojistas do empreendimento", mas não explicou o que motivou ação. Questionado pelo G1, o estabelecimento se negou a explicar se as regras continuarão a ser adotadas. O centro comercial informou apenas que "por questões estratégicas não comenta assuntos relacionados à segurança".
Em nota, o Shopping Iguatemi disse que as "medidas adotadas na última sexta-feira tiveram por objetivo resguardar os adolescentes, clientes e lojistas do empreendimento", mas não explicou o que motivou ação. Questionado pelo G1, o estabelecimento se negou a explicar se as regras continuarão a ser adotadas. O centro comercial informou apenas que "por questões estratégicas não comenta assuntos relacionados à segurança".
A assessoria da Guarda Municipal afirmou que recebeu um chamado da segurança do shopping, por volta de 20h30 de sexta-feira, para dar apoio a um tumulto na externa do shopping, próximo aos pontos de ônibus. Mas, ao chegar ao local, a Polícia Militar já atendia a ocorrência. A reportagem procurou a PM, mas não conseguiu obter detalhes sobre a confusão mencionada pela Guarda.
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