Anúncio de plebiscito para armar Guarda Municipal repercute em Niterói
Vereador convocará audiência para discutir armamento da Guarda Municipal
NITERÓI - A decisão do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, de convocar um plebiscito para decidir se a Guarda Municipal passará a portar armas, publicada pelo GLOBO-Niterói anteontem, repercutiu na cidade. O presidente da Comissão de Segurança Pública e Controle Urbano da Câmara dos Vereadores, Renato Cariello (PDT), afirma que vai protocolar um pedido de audiência pública para discutir o tema.
O vereador lembra que a legislação atual permite o armamento da guarda por meio de decreto. Anteriormente, Rodrigo Neves já havia se posicionado a favor da medida e anunciado decisão neste sentido, mas acabou optando pelo plebiscito. A votação será realizada até o fim do primeiro trimestre do ano que vem.— Precisamos discutir o assunto com toda a sociedade civil organizada e autoridades responsáveis pela segurança na cidade — afirmou.
— Pessoalmente, sou favorável ao emprego de armas de fogo pela guarda, desde que ela seja submetida ao treinamento adequado — diz o vereador, que é oficial da Polícia Militar.
A questão do treinamento é também preocupação do presidente da Comissão Antiviolência da OAB-Niterói, Ennio Figueiredo Júnior. Para o advogado criminalista, a decisão do prefeito de consultar a população é bem-vinda.
— Ao meu ver, a discussão tem que ser: eles estão preparados ou não para andarem armados? Se dissermos que sim, é preciso dar toda a estrutura de apoio profissional e psicológico a eles — opina.
O presidente do Conselho Comunitário da Região Oceânica (Ccron), Gonçalo Perez, diz ser impossível emitir opinião sobre a questão sem um debate profundo.
— Seria leviano da minha parte dizer sim ou não. Tenho minhas dúvidas de se a população tem condições de decidir uma coisa como essa — diz ele. — Espero ouvir especialistas sobre o tema. É um assunto delicado. Queria ouvir a opinião do comandante do 12ºBPM (Niterói) a respeito. Ele tem mais condições de dizer.
Procurado, o comandante do batalhão, Márcio Rocha, afirmou que seguirá o que for decidido no plebiscito, sem julgar a questão em si.
— O armamento está fundamentado em lei. Não temos avaliação a respeito, mas é claro que tudo passará por um planejamento e preparação. Particularmente, acho muito interessante levar essa decisão para o povo — avaliou o comandante.
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