Promotores pedem velocidade em investigação de morte em Piracicaba
Aluisio Neto e Luciano Coutinho estão acompanhando o inquérito policial.
Dupla diz que a proximidade evitará demoras para a conclusão do caso.
A razão para que os promotores Aluisio Antônio Maciel Neto e Luciano Gomes de Queiroz Coutinho acompanhem de perto a investigação policial sobre o assassinato deFrederico Alves de Jesus, de 23 anos, no bairro Bosques do Lenheiro, em Piracicaba (SP), é garantir rapidez à solução do caso.Segundo a dupla, o inquérito vai ser enviado ao Ministério Público Estadual quando for concluído pela Polícia Civil e, quanto mais próximos estiverem do assunto, menos atrasos haverá para a conclusão.
O jovem morreu com um tiro na cabeça no dia 1º de agosto e testemunhas relataram que o autor do disparo foi uma guarda municipal. Nesse dia, a GM fazia uma operação de retirada de barracos de uma área verde do bairro, mas o comando da corporação nega envolvimento com o crime. O homicídio foi o estopim para protestos na região e resultou na queima de dois ônibus e em confronto com a Polícia Militar (PM).
Os representantes do MPE emPiracicaba encaminharam sugestões à Polícia Civil sobre a investigação e se dispuseram a colher depoimentos de pessoas que não queiram relatar o caso à Polícia Civil. "Algumas pessoas podem ter reservas em ir à delegacia para depôr. Mas nesses casos, elas podem vir ao MP. Se necessário, temos meios de garantir o anonimato", disse o promotor Coutinho.
A proximidade com o caso, no entanto, não significa que os promotores coordenem uma investigação paralela. "Estamos dispostos a auxiliar na investigação da polícia para que, quando chegar para nós, o inquérito não precise de novas diligências ou coisas que possam atrasá-lo", explicou Maciel Neto.
A Polícia Civil tem 30 dias, prorrogáveis por tempo indeterminado, para concluir o inquérito sobre o homicídio. Além de diligências e depoimentos, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) também tomará por base a análise pericial do corpo de Alves de Jesus e dos guardas presentes no dia do crime. Depois disso, a conclusão do inquérito será encaminhada ao MPE, que pode arquivá-lo ou oferecer uma denúncia à Justiça
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