quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Governo de Piracicaba não assume envolvimento de guardas em morte

Governo de Piracicaba não assume
envolvimento de guardas em morte


Corporação agiu em retirada de casas de área invadida no Bosques.
Testemunhas afirmam que rapaz foi morto com tiro disparado por GM.

Do G1 Piracicaba e Região
(SP) quis dar entrevista até as 14h30 desta sexta-feira (2) sobre a morte de um jovem de 22 anos durante ação da Guarda Municipal no bairro Bosques do Lenheiro, na tarde de quinta-feira (1). Em nota da assessoria do prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), o governo afirmou que viaturas foram apedrejadas e que o laudo da Polícia Científica é aguardado sobre o caso.
Frederico Alves de Jesus foi morto durante confronto no Bosques do Lenheiro, em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)Frederico Alves de Jesus foi morto nesta quinta no
Bosques do Lenheiro (Foto:Fernanda Zanetti/G1)
O comandante da Guarda, Silas Romualdo, e o diretor do Centro de Comunicação Social da Prefeitura, Miromar Aparecido Rosa, que também é chefe de gabinete de Ferrato, foram procurados por telefone, mas não responderam aos telefonemas do G1.
Um conflito entre moradores da região do bairro Bosques do Lenheiro e a Guarda Municipal terminou na morte de Frederico Alves de Jesus, de 22 anos, e dois ônibus incendiados entre o final da tarde e noite desta quinta-feira. Os guardas foram até a região para remover barracos que estavam construídos em situação irregular.
De acordo com a nota do governo, quatro veículos da Guarda foram atingidos por pedras. O comunicado não cita especificamente o jovem assassinado e diz apenas que, durante a confusão, uma guarda "notou que havia uma pessoa caída na rua, mas não pôde parar para socorrê-la devido ao grande número de pessoas que se aproximavam para apedrejar o veículo".
Confronto no bairro Bosques do Lenheiro em Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)Ônibus foram incendiados no bairro após morte de
jovem em Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
versão de familiares da vítima e testemunhas, no entanto, é a de que o jovem foi atropelado por duas motos da corporação e, em seguida, um guarda atirou na cabeça do rapaz que estava caído no chão.
Confira íntegra da nota da Prefeitura:
A Guarda Civil informou que na manhã de ontem, dia 1 de agosto, a equipe do Pelotão Ambiental foi acionada para comparecer no Bosques do Lenheiro com objetivo de coibir invasões na área verde localizada na Rua Pinheiros. Os integrantes das viaturas 389 e 390 estiveram no local e removeram três barracos que estavam em situação irregular.
No período da tarde, por volta das 15h30, o PA recebeu denúncia de que o local havia sido novamente invadido. Já no local, a equipe solicitou ao proprietário que o barraco fosse removido e o mesmo acatou. Porém, moradores do bairro começaram a atirar pedras e outros objetos contra as viaDa operação participaram 6 viaturas, 6 motos e uma base móvel, que ao saírem foram surpreendidas com barulho de fogos de artifício e bombas jogadas pela rua. E, quando a equipe já estava próximo à saída do bairro, os moradores atingiram pedras em 4 viaturas e, mesmo diante da confusão, uma guarda civil que ocupava a viatura 013, HB 20, notou que havia uma pessoa caída na rua, mas não pode parar para socorrê-la devido ao grande número de pessoas que se aproximavam para apedrejar o veículo. Então, foi solicitado que o Samu fosse até o local para socorrer.
A equipe compareceu ao Plantão Policial, onde foi lavrado o boletim de ocorrência 5919/2013 e posteriormente todos os guardas civis que participaram da ação passaram por perícia residuográfica e tiveram as armas recolhidas, além das motos que também foram periciadas. Mediante a situação, o comando aguardará os resultados da Polícia Científica sobre as perícias. O evento causou avarias em quatros viaturas da corporação.
Base de Santa Terezinha
Por volta das 4h desta sexta-feira, dia 2, a inspetoria da GM foi atingida por 4 tiros na parede. Porém, ninguém sofreu ferimentos.
Ônibus no bairro
A Semuttran informou que os motoristas foram ameaçados hoje de manhã nos primeiros horários. Segundo informações recebidas do sindicato da categoria, houve ameaça de mais queima de veículos. A Semuttran não determinou a retirada dos ônibus. Não houve a circulação das linhas, por medida de segurança aos próprios moradores.

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