quinta-feira, 7 de maio de 2015

A luta dos professores deve ser unificada

Flávio Henrique da Silva ,Especial para Opinião Pública


A educação e os professores sempre foram alvos da exploração do sistema político e dos nossos “representantes”. Sejam eles utilizados como plataforma política ou quanto massa de manobra para a manutenção da ordem social. Este mês, que se findou, nos apresentou mais uma vez o “valor” que estes atores sociais recebem do Estado e por parte da mídia. Neste período, podemos presenciar e vivenciar o horror que é ser professor neste país, seja em qual Estado for. Grande parte da população entrou em estado de choque quando viu os horrores cometidos pela Guarda Municipal de Goiânia contra os professores municipais. Logo depois deste fato “local,” a população teve o conhecimento do massacre ocorrido contra os professores do Estado do Paraná, o que aumentou o sentimento de comoção.  Pois bem, neste texto não me adentrarei em outros problemas educacionais que estamos prestes a sofrer, neste caso a terceirização da nossa educação. Me restringirei somente aos dois acontecimentos com nossos companheiros de classe. Logo após estes dois massacres em específicos, pois existem mais, os de Goiânia e o do Paraná, uma onda de indignação, tristeza, solidariedade e revolta tomou conta das redes sociais e de alguns políticos e instituições. O que acarretou diversas paralisações entre algumas instituições educacionais e profissionais da educação por todo Brasil. Mas o que gostaria de chamar a atenção é no que se relaciona com a continuidade destas paralisações, elas prosseguiram ou somente foi um ato de solidariedade? Tentando elaborar uma resposta para este questionamento, estas paralisações educacionais, acredito eu que, além de prosseguirem elas deveriam ganhar força de outros setores e camadas sociais, ganhar corpo e sustentação para conseguirmos romper com o bloco hegemônico no poder, deveríamos unir nossas forças “sindicais” (que não são tão mais fortes assim), unirmos as classes. No entanto, o que presenciamos é uma fragmentação das classes uma desunião entre os pares. Esta fragmentação só contribui para permanecermos no estágio da indignação, tristeza e comoção não permitindo assim um avanço de forma contundente, é evidente que nós já rompemos e tivemos muitos ganhos a partir destas lutas, mas acredito que a luta deve ser intensificada a partir da incorporação de outros setores. Existiu um teórico que mencionava que, seria  a tomada de consciência da classe trabalhadora que levaria a revolução, este teórico fala em classe trabalhadora que em nosso caso inclui entre outros setores os próprios policiais e guardas que massacraram os nossos professores, enfim este tema classe trabalhadora permite um longo debate, pois hoje não conseguimos identificar o que é a classe trabalhadora, mas este problema de não reconhecimento e pertencimento é amparado pelo sistema do capital e seus discursos “legitimadores”, que absorveu os trabalhadores para dentro de seu “metabolismo” alienante. Enfim, para que possamos conseguir algo efetivo acredito que a nossa união seja de extrema necessidade, pois não adianta vestir camisetas pretas para “dar aula” e postar nas redes sociais ou para mostrar sua indignação se você não luta pelo professor “contrato”, ou também não vai adiantar, você ser professor contrato e não se mobilizar e deixar o medo de perder o emprego de lado. Pois será a partir de nossa união e nossas ações conjuntas que poderemos fazer algo. Gostaria de deixar evidenciado que este texto é somente um apanhado de ideias e que nos dão uma série de debates, o que acredito que realizaremos nos próximos textos.

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