Guarda municipal condenado a 24 anos terá novo júri popular, decide TJ
Agente foi acusado em inquérito policial e MP por morte em Vila de Abrantes.
Ele está preso desde de 2011; defesa ganha apoio de professores e ONGs.
O guarda municipal de Lauro de Freitas, condenado a mais de 24 anos de prisão pela morte da adolescente Adriane de Melo, ocorrido em 2011, teve o pedido de liberdade provisória concedido pela Justiça, em decisão tomada pela primeira turma da Segunda Câmara Criminal, de acordo com informações do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). No julgamento, ficou definida ainda a necessidade de realização de um novo júri, conforme o pedido da defesa, ainda sem data fixada.
José Pereira Júnior foi acusado de ter cometido um homicídio triplamente qualificado e estupro. Acondenação lida pela juíza Mariana Beiró, 1ª Vara Crime de Camaçari, que acompanhou o caso, foi lida no dia 13 de maio de 2013.
A vítima, então com 16 anos, foi encontrada morta em uma estrada vicinal da cidade, no dia 26 de junho de 2011. Adriani foi capturada na rua no momento em que voltava para casa em companhia do namorado, de 17 anos. Ele contou que um homem que desceu de um carro e abordou a garota. Desde então, a esposa e amigos do guarda negam a participação dele no crime.
O inquérito policial do caso foi concluído pelo delegado Marcos Tebaldi, da 26ª Delegacia, no dia 23 de agosto. A principal prova contra o guarda é foi apontada pelo namorado da vítima, que observou diversas fotografias e indicou a imagem dele como autor.
O guarda municipal foi detido por policiais, no dia 20 de julho de 2011, quando saía de um plantão de 12 horas, em Lauro de Freitas, em cumprimento de mandado de prisão temporária concedido pela juíza Mariana Deiró. A polícia o apresentou como principal suspeito no dia 19 de agosto. José Pereira tinha 44 anos na ocasião, é casado e morava com a esposa e os três filhos.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) acatou o indiciamento da polícia e o denunciou à Justiça, no dia 29 de agosto. A promotora de Justiça de Camaçari, Karyne Simara Macedo Lima, que assinou a denúncia, acusou o guarda de homicídio qualificado, por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima e estupro.
A família do guarda contestou a acusação, alegando que, no dia do crime, ele deixou o plantão pela manhã e passou o resto do dia no bairro do Curuzu, onde morava com a família. A auxiliar de enfermagem, Irailva Lima da Conceição, considerou a prisão do marido injusta. "A gente até agora não sabe por que envolveram ele [guarda municipal] nisso. Ele está sem entender por que está acontecendo tudo isso. Meu marido está muito triste e depressivo", afirmou.
Em maio deste ano, estudantes, professores de Direito da Universidade Católica do Salvador (UCSAL) e representantes de organizações não governamentais participaram de ato ecumênico na igreja da Conceição da Praia em defesa do agente público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários,críticas,sugestão são bem vendas!