sábado, 16 de novembro de 2013

Policiais de Pilar são marcados para morrer, diz chefe da Guarda Municipal


Carta anônima alertava chefe da Guarda sobre recompensa por mortes.
MP, Poder Público e Judiciário discutem medidas de segurança na região.


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A violência em Pilar deixa assustado até quem trabalha para garantir a segurança da população. O chefe da Guarda Municipal, sub-tenente da reserva Antônio Correia, informou, na manhã desta segunda-feira (11), que os criminosos encomendaram a morte dele e de mais três policiais - dois civis e um militar - que atuam na região.
"Só há duas viaturas para fazer o patrulhamento. Os policiais trabalham assustados", alerta Correia. De acordo com o chefe da Guarda, uma carta anônima teria avisado das mortes por encomenda, com detalhes e ainda o valor a ser pago pela vida dele: R$ 30 mil.
Ainda segundo Correia, a onda de violência em Pilar acontece por causa de disputas de grupos ligados ao tráfico de drogas. Nos últimos quatro meses, o número de homicídios chegou a 60, em um universo de pouco mais de 33 mil habitantes.
Reunião no Fórum do município de Pilar discute a violência. (Foto: Carolina Sanches/ G1)Reunião no Fórum do município de Pilar discute
a violência. (Foto: Carolina Sanches/ G1)
Medidas de Segurança
Nesta segunda-feira (11), o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, o promotor Jorge Dórea, o juiz Sandro Augusto e representantes de órgãos ligados à Secretaria de Defesa Social e da Prefeitura Municipal se reúnem no Fórum do município para discutir medidas que possam garantir a segurança na região.
A reunião acontece a portas fechadas e dela deverá sair alguma ação efetiva de combate ao crime na região. Segundo Dórea, a reunião foi convocada porque as autoridades policiais não cumpriram o acordo para reforçar o efetivo na região, firmado em julho deste ano.
Em setembro, a promotoria enviou ofícios ao comandante da PM, coronel Dimas Cavalcante, e ao delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, reforçando o pedido de aumento do efetivo e agilidade na conclusão dos inquéritos. Um levantamento do Ministério Público e do Poder Judiciário apontou que existem 227 inquéritos de homicídios parados e sem autoria.
Como nenhuma resposta foi dada e até agora nada foi feito, os representantes do Poder Judiciário e do MP no município convocaram a reunião e cobram mais uma vez providências para que as medidas emergenciais sejam viabilizadas.

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