sábado, 16 de novembro de 2013

Após prisão, filho do comandante da GM de Piracicaba volta à corporação


Silas Romualdo Júnior foi preso após dar tiro para o alto fora de serviço.
Guarda municipal trabalha atualmente na sede da Defesa Civil da cidade.

Do G1 Piracicaba e Região
15 comentários
Silas Romualdo negou que homicídio tenha sido causado por GM de Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)Comandante Silas Romualdo é pai de GM preso
com arma e droga (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
O guarda Silas Romualdo Júnior, filho do comandante da Guarda Municipal dePiracicaba (SP), voltou a atuar na corporação depois de ter sido preso. Ele faz trabalho sem farda na sede da Defesa Civil da cidade. Júnior foi preso em dezembro do ano passado após ser flagrado pela Polícia Militar atirando para o alto em um posto de gasolina, no final de 2012. Em janeiro deste ano, a Prefeitura o afastou provisoriamente da função e anunciou que ele responderia a processo administrativo e corria o risco de ser expulso da corporação.
No dia 29 de dezembro, Júnior tinha 29 anos e estava em um posto de gasolina, sem farda e fora do horário de expediente, quando disparou para cima com uma pistola própria. Segundo informações da Polícia Militar na época, ele estava aparentemente embriagado. No carro do rapaz foram encontradas uma ponta de cigarro de maconha, uma garrafa de uísque pela metade e três latas fechadas de cerveja.
O rapaz ainda tentou agredir um dos policiais, mas foi contido com balas de borracha, algemado e preso em flagrante. Na época, o boletim de ocorrência com as informações sobre o caso não foi disponibilizado à imprensa e Júnior não permaneceu detido.

Na sexta-feira (8), a reportagem encontrou a repartição pública fechada. Já nesta segunda-feira (11), a mesma GM que falou na quinta-feira repetiu que o filho do comandante trabalha na Defesa Civil, mas disse que ele tinha se ausentado na sexta-feira. De acordo com ela, Júnior é plantonista e, por isso, cumpre expedientes a cada dois dias.
A reportagem do G1 Piracicaba foi até a sede da Defesa Civil três dias seguidos para localizar o filho do comandante. No local, ficam guardas sem farda que atuam como plantonistas. Na última quinta-feira (7), uma GM afirmou que Júnior trabalha no local, mas que ele só compareceria no dia seguinte.
Estatuto infringido
O estatuto da Guarda Municipal de Piracicaba (Lei Complementar 067/1996) prevê punições para uma série de transgressões e, em alguns casos, aponta infrações que podem resultar em demissão. Caso se comprove que Júnior fumou o cigarro de maconha e confrontou poderes constituídos, a punição prevista na legislação é a exoneração do cargo.
Entre as transgressões de que foi acusado estão: apresentar-se publicamente em estado de embriaguez, fardado ou não; fazer uso indevido de arma; disparar a arma por descuido ou sem necessidade; portar ostensivamente arma ou instrumento intimidativo em público e fora do horário de serviço; praticar, na vida privada, ato que provoque escândalo público; desconsiderar autoridade civil ou militar e faltar com respeito à população.
Silêncio na época
Na época da ocorrência, o comandante da Guarda Municipal, Silas Romualdo, silenciou sobre o assunto e falou apenas por meio de nota. Desta vez, a corporação e Prefeitura não comentaram o assunto até 12h desta terça-feira (12).
Resposta da Prefeitura
A Prefeitura de Piracicaba informou, por meio de assessoria de imprensa, que o filho do comandante estava afastado e, com o seu retorno, a Ouvidoria vai "iniciar os procedimentos, ouvindo-o, bem como as testemunhas". Disse ainda que qualquer irregularidade, após o processo disciplinar, pode terminar em demissão, pois as penas previstas no Estatuto da Guarda são: advertência, repreensão, suspensão de até 10 dias e demissão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comentários,críticas,sugestão são bem vendas!

SE VOCÊ GM, QUER QUE SEJA PUBLICADO AQUI ALGUMA MATERIA , PODE SER SUA; OU UMA SUGESTAO ,MANDE PRA O MEU E-MAIL- bloggmgo@gmail.com É UMA FORMA DEMOCRATICA DE PARTICIPAREM DO BLOG. QUE É NOSSO E LIVRE!