Atestados médicos levantam a hipótese de manifestação velada da Guarda Municipal de Londrina
- Pauline Almeida
No último final de semana, nove atestados médicos foram apresentados por guardas municipais, levantando a hipótese de um protesto velado. A corporação, quase que em sua totalidade, foi reorganizada para iniciar a segurança do patrimônio público, saindo das ruas para o patrulhamento de pontos fixos, mudança que não foi vista com bons olhos pela categoria.
O secretário municipal interino de Defesa Social, major Raul Vidal, informou que o número de atestados chamou a atenção, mas o caso não será investigado. "Eu como profissional, não posso crer nisso [protesto] porque tenho que dar crédito a um documento fornecido por um profissional liberal, que deve ter responsabilidade de dar atestado para quem realmente precisa, não posso acreditar que seja fraude. Os atestados têm que ser recebidos porque o médico tem fé pública", colocou.
Segundo Vidal, nesta segunda-feira não chegaram novos atestados. Ele contou que o início do trabalho da corporação na segurança dos prédios públicos foi tranquilo, sem imprevistos, mas confirmou que os profissionais não estão contentes com a mudança.
Divulgação / PML
Nove atestados foram apresentados no final de semana
A prefeitura já agendou o teste físico para a contratação de 100 novos profissionais aprovados em concurso público. A intenção é deixar os homens prontos para o trabalho até agosto, prazo aguardado com ansiedade pelos guardas, segundo o presidente da associação da categoria, Fernando das Neves.
"Alguns guardas ainda não se acostumaram, não gostaram da decisão do prefeito Kireeff. Em diálogo com Executivo Municipal, ele tem tentado deixar claro que é uma decisão provisória, vai preparar mais guardas desse concurso para assumirem os postos fixos. Assim que eles assumirem esses postos, nós retornamos às ruas para o patrulhamento e possivelmente já com o curso de tiro", disse.
Neves afirmou que não houve um planejamento de um protesto através de atestados, mas não negou a hipótese. "Eu não descarto que tenha sido uma manifestação, mas não foi convencionado através da associação. É possível que os guardas tenham se organização por conta própria e tenham feito essa manifestação", disse.
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