Felicio vai sancionar 'bico oficial' da Guarda Municipal nos próximos dias
Projeto de lei foi aprovado pela Câmara, na última quinta-feira (20)
São José dos Campos, 24 de Abril de 2017 às 07h57. Atualizado em 24 de Abril de 2017 às 08h16.
Da Redação
Lei permite que guardas sejam contratados por empresas fora do expediente
Divulgação
O prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth (PSDB), deve sancionar a atividade delegada de guardas municipais nesta semana. A lei permite que comerciantes e associações contratem os guardas que estejam fora do horário de expediente na prefeitura.
O projeto de lei, de autoria do executivo, foi aprovado pela Câmara durante a última sessão, na noite de quinta-feira (20). Agora, o projeto será encaminhado à prefeitura, para ser sancionada pelo prefeito.
Segundo a prefeitura, a atividade complementar tem como o objetivo contribuir com a segurança pública do município, atendendo a necessidade de associações, entidades e a população da cidade.
A atividade complementar, como foi denominada pela Secretaria de Proteção ao Cidadão, contribuirá com a segurança pública no município e vai ao encontro da necessidade de associações, entidades, sociedades de amigos de bairro, estabelecimentos comerciais e, principalmente, da população joseense, que ganha mais segurança na cidade.
O Município fica autorizado a celebrar convênio com pessoas jurídicas de direito privado, associações, órgãos de classe, autarquias, empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e organizações sociais.
A lei permitirá aos guardas municipais trabalharem fardados, por exemplo, para a segurança da população e dos comerciantes numa feira livre. Eles também poderão atuar na vigilância durante as atividades dos comércios da Rua 7 de Setembro, o tradicional Calçadão.
Regras
De acordo com o projeto, ao servidor que optar por exercer a atividade complementar, será paga uma bonificação, calculada sobre o valor da hora-atividade estabelecida, que será fixada mediante decreto municipal. A parte conveniada fica responsável pelo pagamento das horas, devendo repassar o montante à prefeitura.
Segundo a prefeitura, o programa não vai gerar custos aos cofres públicos e ainda será uma possibilidade de renda extra para os guardas. Com mais policiais militares e guardas-civis municipais trabalhando no tempo disponível, a cidade vai ampliar a segurança nas ruas de São José dos Campos.
"É tolerável"
Em entrevista anterior ao Meon, o diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de São José, Danilo Marques, classificou o projeto como "não aceitável, mas tolerável". Segundo ele, devido a problemas financeiros dos guardas civis municipais, o projeto acaba sendo necessário para complemento de renda dos servidores.
No entanto, segundo o sindicato, o projeto precisa ter transparência quanto à relação estabelecida entre a iniciativa privada e o município, além de garantir melhores condições para o trabalho dos guardas que optarem pelo serviço extra.
Atualmente, há um efetivo de 303 guardas civis municipais, mas, segundo o sindicato, o ideal seria que a corporação tivesse entre 1.300 a 1.400 homens, por conta do tamanho da cidade.
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