domingo, 28 de fevereiro de 2016

Capitão, comandante da guarda do Rio volta à PM após ser exonerado

Em vídeo, ex-inspetor geral é suspeito de agredir com golpes de cassetete.
Polícia ainda não sabe em que batalhão será realocado e se volta às ruas.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio
Leandro Matieli, secretário de Ordem Pública e inspetor-geral interino (à esq.), ao lado do comandante da guarda exonerado, Rodrigo Fernandes Queiroz (Foto: Ricardo Cassiano/Prefeitura do Rio)Leandro Matieli, secretário de Ordem Pública e inspetor-geral interino (à esq.), ao lado do comandante da guarda exonerado, Rodrigo Fernandes Queiroz (Foto: Ricardo Cassiano/Prefeitura do Rio)
Exonerado do comando da Guarda Municipal do Rio, posto mais alto da corporação, o capitão da Polícia Militar Rodrigo Fernandes Queiroz foi colocado à disposição da PM nesta terça-feira (23). Oficial, ele estava "emprestado" à guarda.
Em boletim interno, foi publicada a informação de que Rodrigo irá à Diretoria Geral de Pessoal para aguentar uma decisão e pode até mesmo voltar a trabalhar em algum batalhão da polícia. De acordo com a assessoria de imprensa, ainda não há definição se o serviço será administrativo ou nas ruas.
Queiroz foi exonerado do cargo de inspetor-geral da guarda, suspeito de dar golpes de cassetete em um homem numa operação em dezembro de 2015 em Santa Cruz, na Zona Oeste. Ele era também o comandante da operação.
(Clique aqui para ver as imagens. O rosto do inspetor-geral da Guarda Municipal aparece por volta de 4m30s. A agressão é flagrada aos 7m10s e a corporação admite que pode ter sido cometida pelo cA dispensa partiu do Secretário de Ordem Pública (Seop), Leandro Matieli, a quem a guarda está submetida e foi publicada no Diário Oficial do município nesta terça-feira (23). Ele assumiu a função interinamente e determinou a abertura de um processo para investigar o caso.
Dez dias antes, outros guardas municipaisforam afastados após participarem de uma ação que deixou foliões feridos no encerramento do carnaval carioca no bloco TecnoBloco.
Na ocasião, Matieli reconheceu que "houve excessos" e que faltou "diálogo".
"Faltou diálogo, como tivemos em outros blocos não autorizados. O que faltou ali foi sensibilidade. As primeiras imagens que recebi, divulgadas pela própria imprensa, mostram que era possível dialogar. Porque tivemos essas experiências no próprio carnaval. Tivemos saídas espontâneas [de blocos], quando chegávamos lá, acompanhávamos, dialogávamos e não tinha problema", afirmou.
Ao G1, o prefeito Eduardo Paes preferiu não comentar a decisão de Matieli. "Não compete a mim", disse. Em compensação, ele classificou como "absurdo" o episódio em que foliões foram agredidos. "Eu fiquei muito insatisfeito com aquele episódio do carnaval, já tinha manifestado minha insatisfação. Porque você errar uma vez é normal, mas não pode repetir o erro. Aquilo foi absurdo", criticou.
Uso de armas
Também em 2015, no mês de setembro, foi arquivado um projeto que proibia o uso de arma de fogo por guardas municipais.  Atualmente, dois municípios do Estado autorizam que seus guardas portem pistolas: Volta Redonda e Resende. Em Niterói, o uso de pistolas deve começar no segundo semestre de 2016.
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Vídeo mostra guarda municipal dando golpes de cassetete em operação em Santa Cruz (Foto: Reprodu/Youtube)Vídeo mostra guarda municipal dando golpes de cassetete em operação em Santa Cruz; corporação suspeita que autor seja o ex-inspetor-geral (Foto: Reprodução/Youtube)

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