quinta-feira, 2 de julho de 2015

Lerner diz que não cogita mudar projeto da orla

Prefeitura de Porto Alegre está realizando a quarta tentativa de licitação para a realização das obras de revitalização
Jessica Gustafson
MARCELO G. RIBEIRO/JC
Arquiteto deu detalhes sobre o terceiro trecho, que vai até o Beira-Rio
Arquiteto deu detalhes sobre o terceiro trecho, que vai até o Beira-Rio
Está marcada para o dia 13 de julho a sessão de recebimento das propostas para a realização das obras do primeiro trecho da orla do Guaíba, entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias. Será a quarta vez que a prefeitura tenta licitar o serviço, que teve o valor reajustado, passando de R$ 57,4 milhões para R$ 67,8 milhões.

O projeto foi elaborado pelo arquiteto Jaime Lerner, contratado por notório saber pela prefeitura. Ontem, ele esteve na Capital, em um evento da Federasul, e disse que não estão sendo cogitadas alterações no projeto, que seguirá na mesma linha, apesar das dificuldades de execução. Ele comentou também sobre a continuidade do projeto até o estádio Beira-Rio e a complexidade da revitalização, que possui cerca de 5 mil itens no orçamento.

De acordo com Lerner, foi entregue na terça-feira à prefeitura a primeira ideia para o terceiro trecho a ser qualificado, que vai da avenida Ipiranga até o estádio. A perspectiva é criar 25 quadras de esportes e integrar a área ao parque Marinha do Brasil. "Colocaremos a maior pista de skate da América Latina e manteremos os mesmos elementos paisagísticos do restante. Esta etapa deverá ser a mais rápida, pois é mais simples", diz. A fase 2, que compreenderá o trecho que vai da Rótula das Cuias até a Ipiranga, já foi elaborada. Para Lerner, a qualificação dos 5,9km da orla e do Cais Mauá são talvez os projetos mais importantes que estão sendo realizados no País.

"Coube ao prefeito José Fortunati proporcionar esta grande oportunidade de retorno ao Guaíba. Sobre o projeto do cais, ele não será transformado em um Puerto Madero (em Buenos Aires), como dizem, em que a cidade fica afastada. Aqui, a cidade será revitalizada junto com ele", explica. Segundo Lerner, a Capital estava dando as costas para o Guaíba, sendo que não existe área melhor para ser utilizada por toda a população.

Sobre a demora para o início da obra da orla, ele atribuiu à necessidade de avaliação por diversos órgãos para obter autorização e à defasagem dos custos, que precisam ser conciliados com o que a prefeitura tem de recursos. "É preciso mais interesse da iniciativa privada. Não tenho dúvida de que, nas próximas semanas, será dado um grande passo neste sentido. Nós fizemos o que é necessário, e a prefeitura também. Em breve estas obras estarão acontecendo", afirma.

Na primeira tentativa de contratação da empresa para a realização das intervenções nos primeiros 1,3 mil metros, o município cancelou a licitação, pois faltavam itens no edital. Na segunda, duas interessadas foram desclassificadas, uma por problemas na documentação, e a outra por apresentar preço bem superior ao proposto no edital. A última concorrência não teve interessados. A previsão inicial da prefeitura era concluir a primeira parte em 2013. Contudo, o projeto do trecho foi apresentado por Lerner em outubro daquele ano, e a primeira licitação, lançada em setembro de 2014.

Tanto o município quanto o arquiteto foram alvos de críticas pela contração da elaboração do projeto sem concorrência. Lerner disse ontem que foi feita apenas a concepção da obra. "A prefeitura tem o direito de escolher qual a concepção quer. Nos procuram de vários locais do mundo com esse interesse. As concorrências demoram para ser realizadas, e não vejo necessidade para esta etapa. Se entenderam que deveriam nos chamar, não vamos questionar, pois trabalhamos a convite", diz.

Na época da divulgação do trabalho, o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), que se opôs à contratação, disse que Lerner recebeu R$ 2,1 milhões pela concepção do primeiro trecho.

Primeira fase das obras

No projeto de revitalização da primeira fase estão previstas a construção de um ancoradouro para barcos de passeio e para o Cisne Branco junto à Usina do Gasômetro, um restaurante, seis bares, quatro decks, duas quadras de vôlei, duas de futebol, duas academias ao ar livre, vestiário, playground, além de duas passarelas metálicas com jardim aquático. O deck, de 2 mil metros quadrados em madeira certificada, servirá também para a realização de eventos culturais, em especial a tradicional festa de Réveillon.
Ao longo da avenida Edvaldo Pereira Paiva (Beira Rio), serão construídos o passeio e a ciclovia em um trecho de 288 metros. O passeio será iluminado por bolinhas de vidro e fibra ótica incrustadas no piso. Ao longo do trecho, também serão colocados 47 postes inclinados com iluminação cênica de LED, criando atração turística e condições de uso 24 horas por dia. A segurança também será garantida co

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