domingo, 3 de maio de 2015

Prefeitura diz que feridos são mais de 200; Governo do Estado fala em 60

29/04/15 às 16:26 - Atualizado às 23:38 Da redação Bem Paraná com sites
Feridos foram atendidos dentro do prédio da Prefeitura (foto: Josianne Ritz)
Dezenas de pessoas feridas durante o confronto com a Polícia Militar no Centro Cívico receberam os primeiros atendimentos na sala da Guarda Municipal, dentro do prédio da Prefeitura de Curitiba, na tarde desta quarta-feira (29). Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) participaram dos atendimentos. Segundo a Prefeitura, foram mais de 150 atendimentos na sede municipal e em 12 ambulâncias, além de 63 pessoas que precisaram ser encaminhadas para Unidades de Pronto Atendimento, o Hospital Cajuru (recebeu 36 pacientes), e o Hospital do Trabalhador (recebeu outros 7 feridos). Os números do Governo do Estado, porém, são bem diferentes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), 40 manifestantes e 20 policiais ficaram feridos.
Segundo o diretor da Guarda Municipal de Curitiba, Cláudio Frederico de Carvalho, que coordenou a operação de emergência, afirmou que mais de 30 pessoas foram atendidas na primeira meia hora. “Ainda não há uma contagem oficial, pois há muitas vítimas que continuam chegando”, disse. 
O prefeito Gustavo Fruet determinou que todos os esforços da administração municipal fossem reunidos para auxiliar na atenção aos feridos e na retirada de crianças das escolas e Centros de Educação Infantil da região. “Liberado todo espaço da Prefeitura para acolhimento. Parece uma praça de guerra!”, comentou o prefeito.
No CMEI Centro Cívico, os pais foram convocados a buscar cerca de 150 crianças, que estavam assustadas. Algumas delas passavam mal em decorrência do gás lacrimogêneo usado pelas forças policiais na Praça Nossa Senhora de Salete para afastar os manifestantes.
Uma das pessoas atendidas pela Guarda Municipal no prédio da Prefeitura foi o professor aposentado Claudemir Feltrin, 68 anos, que veio de Maringá ontem para participar da manifestação. Feltrin foi atingido por balas de borracha e tinha a camisa suja de sangue. “Trabalhei 37 anos como professor e nunca vi nada parecido com o que aconteceu hoje aqui”, disse. “Foi muito pior do que o dia 30 de agosto (de 1988)”, afirmou.
O professor Reginaldo Aparecido Purcino, 43 anos, de Pontal do Paraná, veio hoje cedo a Curitiba e também ficou ferido durante o confronto. Ele foi atingido na perna por balas de borracha e estilhaços. “Vi muita gente ferida no meio da confusão”, disse.
No saguão da Prefeitura, onde dezenas de pessoas entraram para buscar abrigo, o cheiro de vinagre, usado para amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo, era muito forte. Por volta das 15h30, os servidores da Prefeitura de Curitiba foram liberados em razão do tumulto. As redes de telefonia celular operavam precariamente devido ao tráfego intenso de dados e ligações, o que prejudicava quem tentava entrar em contato com familiares e amigos.
Nelson Paulo de Oliveira, 65 anos, que acompanhava a esposa na manifestação, foi ferido na barriga. “Viemos para participar de uma manifestação pacífica e legítima e vivemos momentos de horror”, disse.

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