Professores em greve dizem que foram agredidos por guardas em GO
Ação teria ocorrido durante assembleia da categoria na prefeitura de Goiânia.
Comando da corporação garante que possíveis excessos serão apurados.
Servidores municipais da educação em greve denunciam que foram agredidos por guardas civis metropolitanos durante uma assembleia da categoria realizada nesta quinta-feira (23) em frente ao Paço Municipal, sede da prefeitura de Goiânia. Uma professora sofreu um corte na cabeça e foi socorrida com sangramento (veja vídeo). A paralisação de professores e funcionários administrativos já dura nove dias. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) diz que vai apurar o caso.
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Representantes do Sindicato Servidores da Educação do Município de Goiânia (Simsed) alegam que a agressão começou quando os professores tentaram fazer uma caminhada dentro dos corredores da prefeitura depois de decidirem manter a paralisação.
Os guardas tentaram impedir a manifestação e os professores afirmam que foram reprimidos com socos, chutes e até golpes de cassetete. De acordo com o presidente do Simsed, Hugo Rincon, além da servidora que foi socorrida sangrando, outro professor também ficou gravemente ferido e outros 15 manifestantes tiveram lesões leves.
Representantes do sindicato foram até o 8º Distrito Policial de Goiânia para registrar um Boletim de Ocorrência contra a agressão.
O comando da GCM informou que os manifestantes tentaram invadir a Secretaria de Finanças, que fica dentro do Paço Municipal, e que foi pedido a eles para permanecerem na área externa do prédio. Diante da tentativa da negativa, foi necessário fazer uso da força para manter a ordem no local. Ainda será investigado se houve excesso ou desvio de conduta na atuação de algum dos guardas.
Assembleia
Os servidores decidiram, em assembleia, continuar a paralisação da categoria. Segundo os grevistas, a prefeitura não aceitou as reivindicações. "No último encontro, não foi apresentado absolutamente nenhuma novidade", disse Edson Domingues, coordenador do Simsed.
Os servidores decidiram, em assembleia, continuar a paralisação da categoria. Segundo os grevistas, a prefeitura não aceitou as reivindicações. "No último encontro, não foi apresentado absolutamente nenhuma novidade", disse Edson Domingues, coordenador do Simsed.
A prefeitura afirmou que, dentre as demandas, vai atender apenas a manutenção do valor do quinquenio, que é de 10%.
A categoria está em greve desde o dia 14 deste mês. Os servidores pedem melhorias nas estruturas físicas e segurança dos prédios, construção de novas unidades, além do pagamento retroativo da data-base de 2014 aos servidores administrativos e do piso dos professores. Eles também reivindicam o pagamento de gratificação de 30% para auxiliares educativos e de titularidades, titulações, progressões e seus respectivos retroativos.
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