quarta-feira, 5 de março de 2014

NERVOSINHO NO PLANTÃO

Médico do João XXIII ameaça guarda municipal que foi baleado em UPA

Oftalmologista teria se irritado ao receber uma multa de outros guardas por estacionar em local proibido; segundo vítima, doutor disse que ele era culpado e, por isso, receberia "tratamento diferenciado"



PUBLICADO EM 03/03/14 - 09h40
Depois do susto de ficar entre a vida e a morte após ser baleado na semana passada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Belo Horizonte, o guarda municipal Leanderson Leonardo de Souza, de 32 anos, passou por uma situação, no mínimo, constrangedora dentro do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na região Leste de BH. Antes de receber alta, nesse domingo (2), o homem foi ameaçado por um médico que teria sido multado por colegas de profissão da vítima.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, a companheira de Souza contou que seu marido se recuperava dos ferimentos em um dos quartos da enfermaria quando um técnico de enfermagem chegou e o apresentou ao médico oftalmologista.
Em seguida, o doutor, que ainda não foi identificando, teria mostrado ao paciente um canhoto de notificação de trânsito e questionou se o guarda saberia informar quem havia aplicado a multa.
Mesmo com o homem internado, o médico ainda alegou que sempre estacionou o seu carro no mesmo lugar e nunca foi notificado. Além disso, o suspeito afirmou que o guarda seria o culpado pela multa, uma vez que, com ele internado no hospital, aumentou o número de guardas no local.
Por fim, o oftalmologista disse que era influente na unidade de atendimento e que, a partir daquela situação, Souza receberia “tratamento diferenciado”. Militares do 1º Batalhão foram acionados e não conseguiram localizar o doutor.
O técnico em enfermagem responsável por levar o médico ao paciente disse que só o conhecia de vista e que ele estaria de plantão nesse domingo. A coordenação do João XXIII tomou conhecimento do caso, os militares foram até a sala em que o suspeito deveria ficar, mas ele não estava.
Ainda conforme informações da coordenação passada aos militares, o profissional de oftalmologia que deveria ficar no plantão no domingo era uma médica. O registro do B.O foi acompanhado pela companheira de Souza e por um outro guarda municipal.
A  assessoria de imprensa  da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo hospital, informou que as denúncias serão apuradas pela direção do João XXIII para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Já a assessoria da Guarda Municipal disse que a investigação do ocorrido ficará a cargo da Polícia Civil. 
Relembre o caso do guarda
Souza foi baleado no dia 24 de fevereiro após tentar impedir que três homens entrassem de uma só vez para visitar um paciente que estava internado na UPA Norte. Na ocasião, uma enfermeira de 53 anos também foi atingido por disparos da arma de fogo.
No dia 26, dois homens foram detidos suspeitos de participação no crime. Rafael Maciel Corrêa, de 26, conhecido pelo apelido de "Sinistro", foi capturado após o roubo de um veículo no bairro Jardim Vitória, região Nordeste da capital.
O suspeito é pai da criança que estava recebendo atendimento na unidade. Além dele, um adolescente de 17 anos também foi apreendido.

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