Delegado pede escala da GM da noite em que rapaz levou tiro em Piracicaba
Adolescente disse que quarta-feira foi baleado no ombro por um guarda.
Corporação da Prefeitura de Piracicaba diz que apura o que aconteceu.
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O delegado Ruy Luiz Ramires, do 6º Distrito Policial (DP) de Piracicaba (SP), enviou ofício à Guarda Municipal em que pede a escala do plantão do dia e da noite de quarta-feira (19), quando um adolescente foi baleado por um guarda durante abordagem no bairro Alvorada. Ramires instaurou inquérito para apurar a ocorrência.
O jovem de 16 anos foi baleado ao tentar defender o irmão mais novo, de 14 anos, que era revistado pelos guardas, por volta das 22h. Segundo relato da vítima, eles andavam de bicicleta quando foram parados. Ele tentou argumentar que o irmão não havia feito nada de errado e que os GMs deveriam liberá-lo. "Foi quando um deles começou a me xingar e atirou em mim", explicou o adolescente, atingido no ombro pelo disparo de arma de fogo.
Os dois jovens disseram à polícia que o GM que atirou era magro e alto; já o outro era mais baixo e gordo. A vítima foi levada ao pronto-socorro do bairro Piracicamirim, onde recebeu atendimento e foi liberada, já que a bala atravessou o ombro e não ficou alojada.
"Eles apenas descreveram que um dos guardas era magro e o outro, gordo", relatou o delegado. Além de abrir o inquérito e de enviar o ofício à GM, o delegado informou que irá solicitar à Secretaria Municipal da Saúde que apresente a médica que atendeu o adolescente baleado. "Ela provavelmente terá condições de identificar os guardas", relatou Ramires.Investigação
"Abri o inquérito depois de colher o depoimentos dos dois adolescentes envolvidos para ver se conseguimos identificar os guardas municipais envolvidos e investigar o que, de fato, aconteceu", disse o delegado ao G1 nesta sexta-feira (21). Segundo Ramires, durante a conversa, os jovens demonstravam estar com medo de dar detalhes sobre a identidade dos guardas.
"Atirou para matar"
A mãe dos dois adolescentes, uma dona de casa de 37 anos, disse ao G1 que toda a família não quer sair na rua por medo de retaliação. "É um absurdo um guarda atirar contra uma pessoa 'do nada', sem ameaça nenhuma. O guarda atirou para matar. Da mesma maneira que acertou o ombro, ele poderia acertar o coração e matar meu filho", afirmou a mulher.
A mãe dos dois adolescentes, uma dona de casa de 37 anos, disse ao G1 que toda a família não quer sair na rua por medo de retaliação. "É um absurdo um guarda atirar contra uma pessoa 'do nada', sem ameaça nenhuma. O guarda atirou para matar. Da mesma maneira que acertou o ombro, ele poderia acertar o coração e matar meu filho", afirmou a mulher.
Reposta da corporação
A Guarda Municipal informou, por meio de assessoria de imprensa, que a investigação do caso é de responsabilidade da Polícia Civil e que, "se ficar constatado que autoria do disparo foi de um dos guardas civis de Piracicaba, a corporação se encarregará de instaurar processo disciplinar administrativo"
A Guarda Municipal informou, por meio de assessoria de imprensa, que a investigação do caso é de responsabilidade da Polícia Civil e que, "se ficar constatado que autoria do disparo foi de um dos guardas civis de Piracicaba, a corporação se encarregará de instaurar processo disciplinar administrativo"
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