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Uma audiência pública acontece na tarde de hoje (24) para apresentar o projeto que altera o artigo 8 da Lei Orgânica de Campo Grande, e permite que os guardas municipais possam trabalhar armados durante o desempenho de suas funções.
Conforme o autor do projeto que altera a legislação vigente, o vereador Alceu Bueno (PSL), 20 dos 29 legisladores da Casa são favoráveis a ampliação das atribuições da Guarda . Segundo ele, o projeto já teria sido aprovado na semana passada, quando a matéria foi apreciada, o que só não aconteceu porque o vereador Airton Saraiva (DEM), que votaria a favor, estava fora da cidade. Para que seja aprovado, são necessários 20 votos dos vereadores.
“Hoje, existem muitos casos de desacato aos guardas municipais, porque as pessoas sabem que eles andam sem armas”, diz o vereador para reforçar a necessidade do armamento.
A previsão é que o projeto seja votado na próxima terça-feira (30), e Bueno já se organiza para que todos os vereadores favoráveis estejam presentes.
Conforme o vereador Alex (PT), líder de Alcides Bernal (PP) na Câmara, o prefeito também é favorável a aprovação do projeto.
Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança da Área Central de Campo Grande, Adelaido Luiz Spinosa, além de permitir o uso de armas em serviço, é preciso reforçar o efetivo de 1.300 homens que hoje atuam na Guarda. Conforme Spinosa, a ONU recomenda que haja um agente para cada 250 habitantes, e na Capital, a proporção é de 1 para cada 480. “É fundamental armar a guarda municipal para que se obtenha uma sensação maior de segurança. Quem é contra a Guarda armada, também deveria ser contra a PM, já que as duas equipes recebem o mesmo treinamento”, acredita.
Outro argumento é que em Dourados, que possui apenas um terço da população de Campo Grande, a Guarda já trabalha armada e é referência no Estado. Na semana passada, o vereador Otávio Trad (PT do B) esteve com o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais, Hudson Pereira Bonfim no município para trazer a experiência de lá para Campo Grande.
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