CÂMARA MUNICIPAL
Bancada do PR sem unidade em Fortaleza
04.03.2013
Negativa de Capitão Wagner à matéria do Executivo expôs divergência entre os vereadores do partido
Os vereadores do PR já deixaram claro que não estão em sintonia quanto ao posicionamento que terão no legislativo municipal. Apesar de terem informado que o partido os deixou livres quanto à postura que devam seguir na Câmara Municipal de Fortaleza, a chegada de uma matéria do Executivo constatou a não existência de discurso uníssono na bancada republicana. Ontem, o vereador Márcio Cruz (PR) fez questão de subir à tribuna para informar que discorda do correligionário Capitão Wagner (PT) quanto ao projeto do prefeito que trata de alterar a lei complementar que dispõe sobre a organização, estrutura e competências da Guarda Municipal de Fortaleza.
O vereador Adelmo Martins defende o projeto do Governo, alegando que a Polícia Militar tem melhor treinamento do que a Guarda Municipal FOTO: VIVIANE PINHEIRO
Márcio Cruz disse ser favorável ao projeto do Executivo, principalmente em relação a tirar da Guarda Municipal a competência de fazer a segurança do prefeito e vice-prefeito, passando essa tarefa para a Polícia Militar. O vereador argumenta que, durante os oito anos de administração do PT, a ex-prefeita, além de ter contado com a Guarda Municipal, tinha segurança particular armada, paga com o dinheiro público, argumentou.
Além disso, lembra, a função de segurança da ex-prefeita era estendida para a sua mãe e para o seu filho, afirmando que tal procedimento era um "desvio de função", e poucos foram os questionamentos sobre essa conduta. A proposta do atual prefeito, esclareceu o vereador, sugere a realização de um convênio com o Estado para que a Polícia Militar faça a segurança do chefe do Executivo municipal, o que o governador terá de acatar, atestando que a preocupação de Roberto Cláudio é exatamente legalizar a segurança do gestor.
Para o vereador Capitão Wagner, a Guarda Municipal exerce muito bem o papel de segurança do prefeito e vice-prefeito, não vendo motivo para passar essa função aos policiais militares. Além disso, o republicano alega que a PM não tem efetivo suficiente para abraçar mais essa tarefa, alertando que todos os dias são noticiados casos de aumento da criminalidade e não concorda que policiais militares sejam tirados das ruas para fazer a proteção do prefeito, quando existe a Guarda Municipal para cumprir esse papel.
Cofres
Márcio Cruz entende que o projeto de lei enviado pelo Executivo municipal está muito claro quando informa que essa alteração só poderá ser realizada mediante um convênio com o Governo do Estado e além disso, não onera os cofres públicos. "Não quer dizer que a partir de amanhã, se a mensagem for aprovada, já vai ter um policial na frente da casa dele (prefeito)", destacou.
O parlamentar aproveitou o pronunciamento para cobrar da nova gestão as melhorias prometidas, como concurso público e o armamento dos guardas municipais. Márcio cruz aponta que, na administração passada, a Guarda Municipal não foi bem utilizada, afirmando que a frota de veículo está sucateada e os salários estão defasados.
Sobre a promessa de que a Guarda será armada, o vereador do PR entende que deve haver cautela em relação a essa mudança. Para que o guarda municipal possa utilizar uma arma, é necessário esperar pelo menos seis meses pelo porte de arma e ainda terá o tempo de capacitação e treinamento.
O vereador pediu ainda que fossem respeitados dois pilares da Guarda Municipal: a hierarquia e a disciplina. Márcio Cruz disse ter recebido reclamações de que guardas de patentes inferiores estão no comando de guardas com patentes superiores, o que, segundo ele, fere o regimento disciplinar da Guarda Municipal de Fortaleza.
O vereador Adelmo Martins, também do PR, concordou com o colega Márcio Cruz, compreendendo que o projeto do Executivo é coerente ao propor que a Polícia Militar assuma a função da segurança do prefeito, considerando que os PMs têm melhor treinamento e sabem usar arma. Ele aponta ainda que a Guarda Municipal está com carência em seus quadros.
Qualificação
O vereador Vitor Valim (PMDB) concordou com a cobrança feita por Márcio Cruz sobre o armamento e qualificação da Guarda Municipal. "Há o discurso fácil de que arma gera violência, mas com a realidade que temos hoje em Fortaleza o guarda municipal precisa se armar e se qualificar para garantir a segurança patrimonial e do povo da cidade", defendeu.
Empossado como presidente do diretório municipal do partido na última sexta-feira, o vereador Capitão Wagner não falou sobre a divisão da bancada na Câmara Municipal, preferindo falar da atuação externa da agremiação e as futuras disputas. Ele integra o bloco de oposição à gestão municipal, juntamente com os vereadores do PT.
Wagner disse que o diretório municipal do PR em Fortaleza praticamente não funcionava e que agora, com esta renovação trabalhará para que haja vida no partido. "Queremos dar prioridade a nomes novos, pois o objetivo é trazer pessoas novas para o partido e não trazer políticos antigos somente para se eleger. A gente quer dar estrutura para os candidatos, coisa que hoje não temos. Queremos dar estrutura para o cidadão conseguir se candidatar e se eleger", afirmou.
Os vereadores do PR já deixaram claro que não estão em sintonia quanto ao posicionamento que terão no legislativo municipal. Apesar de terem informado que o partido os deixou livres quanto à postura que devam seguir na Câmara Municipal de Fortaleza, a chegada de uma matéria do Executivo constatou a não existência de discurso uníssono na bancada republicana. Ontem, o vereador Márcio Cruz (PR) fez questão de subir à tribuna para informar que discorda do correligionário Capitão Wagner (PT) quanto ao projeto do prefeito que trata de alterar a lei complementar que dispõe sobre a organização, estrutura e competências da Guarda Municipal de Fortaleza.
O vereador Adelmo Martins defende o projeto do Governo, alegando que a Polícia Militar tem melhor treinamento do que a Guarda Municipal FOTO: VIVIANE PINHEIRO
Márcio Cruz disse ser favorável ao projeto do Executivo, principalmente em relação a tirar da Guarda Municipal a competência de fazer a segurança do prefeito e vice-prefeito, passando essa tarefa para a Polícia Militar. O vereador argumenta que, durante os oito anos de administração do PT, a ex-prefeita, além de ter contado com a Guarda Municipal, tinha segurança particular armada, paga com o dinheiro público, argumentou.
Além disso, lembra, a função de segurança da ex-prefeita era estendida para a sua mãe e para o seu filho, afirmando que tal procedimento era um "desvio de função", e poucos foram os questionamentos sobre essa conduta. A proposta do atual prefeito, esclareceu o vereador, sugere a realização de um convênio com o Estado para que a Polícia Militar faça a segurança do chefe do Executivo municipal, o que o governador terá de acatar, atestando que a preocupação de Roberto Cláudio é exatamente legalizar a segurança do gestor.
Para o vereador Capitão Wagner, a Guarda Municipal exerce muito bem o papel de segurança do prefeito e vice-prefeito, não vendo motivo para passar essa função aos policiais militares. Além disso, o republicano alega que a PM não tem efetivo suficiente para abraçar mais essa tarefa, alertando que todos os dias são noticiados casos de aumento da criminalidade e não concorda que policiais militares sejam tirados das ruas para fazer a proteção do prefeito, quando existe a Guarda Municipal para cumprir esse papel.
Cofres
Márcio Cruz entende que o projeto de lei enviado pelo Executivo municipal está muito claro quando informa que essa alteração só poderá ser realizada mediante um convênio com o Governo do Estado e além disso, não onera os cofres públicos. "Não quer dizer que a partir de amanhã, se a mensagem for aprovada, já vai ter um policial na frente da casa dele (prefeito)", destacou.
O parlamentar aproveitou o pronunciamento para cobrar da nova gestão as melhorias prometidas, como concurso público e o armamento dos guardas municipais. Márcio cruz aponta que, na administração passada, a Guarda Municipal não foi bem utilizada, afirmando que a frota de veículo está sucateada e os salários estão defasados.
Sobre a promessa de que a Guarda será armada, o vereador do PR entende que deve haver cautela em relação a essa mudança. Para que o guarda municipal possa utilizar uma arma, é necessário esperar pelo menos seis meses pelo porte de arma e ainda terá o tempo de capacitação e treinamento.
O vereador pediu ainda que fossem respeitados dois pilares da Guarda Municipal: a hierarquia e a disciplina. Márcio Cruz disse ter recebido reclamações de que guardas de patentes inferiores estão no comando de guardas com patentes superiores, o que, segundo ele, fere o regimento disciplinar da Guarda Municipal de Fortaleza.
O vereador Adelmo Martins, também do PR, concordou com o colega Márcio Cruz, compreendendo que o projeto do Executivo é coerente ao propor que a Polícia Militar assuma a função da segurança do prefeito, considerando que os PMs têm melhor treinamento e sabem usar arma. Ele aponta ainda que a Guarda Municipal está com carência em seus quadros.
Qualificação
O vereador Vitor Valim (PMDB) concordou com a cobrança feita por Márcio Cruz sobre o armamento e qualificação da Guarda Municipal. "Há o discurso fácil de que arma gera violência, mas com a realidade que temos hoje em Fortaleza o guarda municipal precisa se armar e se qualificar para garantir a segurança patrimonial e do povo da cidade", defendeu.
Empossado como presidente do diretório municipal do partido na última sexta-feira, o vereador Capitão Wagner não falou sobre a divisão da bancada na Câmara Municipal, preferindo falar da atuação externa da agremiação e as futuras disputas. Ele integra o bloco de oposição à gestão municipal, juntamente com os vereadores do PT.
Wagner disse que o diretório municipal do PR em Fortaleza praticamente não funcionava e que agora, com esta renovação trabalhará para que haja vida no partido. "Queremos dar prioridade a nomes novos, pois o objetivo é trazer pessoas novas para o partido e não trazer políticos antigos somente para se eleger. A gente quer dar estrutura para os candidatos, coisa que hoje não temos. Queremos dar estrutura para o cidadão conseguir se candidatar e se eleger", afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários,críticas,sugestão são bem vendas!