segunda-feira, 1 de outubro de 2012

  • Mesmo sem permissão, guarda municipal de Londrina usa arma em ocorrência de roubo


Um guarda municipal foi flagrado neste domingo (30) com uma arma de eletrochoque no atendimento de um roubo a uma creche na Rua São Salvador, na região central de Londrina. Apesar de não ser uma arma letal, o equipamento é proibido e só pode ser utilizado após a realização de um curso.
A reportagem de odiario.com presenciou o grupo de quatro guardas na ocorrência. Um deles estava com um objeto que aparentava ser uma pistola preta e o guardava no coldre. Enquanto três profissionais aguardavam na via, um deles pulou o muro para averiguar o roubo.
O diretor da Guarda Municipal (GM), Deividy André Vieira Leal, negou que o agente estava com uma arma de fogo e disse que o equipamento seria uma arma de eletrochoque, com aparência similar a uma pistola. Ele declarou que o objeto era do guarda municipal que o levou para o trabalho, com o intuito de ganhar mais segurança no exercício da função.
Divulgação / PML
Mesmo sem permissão, guarda municipal usa arma em ocorrência - PMl
Armas de fogo já foram compradas, mas não podem ser
usadas porque corporação não passou por curso
Desde o ano passado, a Guarda Municipal de Londrina tenta um convênio com a Secretaria de Estado da Segurança Pública para a realização de um curso para que a corporação possa portar armas. Em setembro, em três ocasiões, as equipes foram alvos de tiros enquanto realizavam abordagem ligadas ao tráfico de drogas.
A GM comprou 20 armas de eletrochoque, mas ainda aguarda a chegada do carregamento e terá que fornecer um curso para os profissionais. "É necessário um curso realmente, que a Guarda ainda não fez. Como a Guarda anda desarmada e às vezes passa por situações de risco, eles tentam se proteger da forma que podem e se utilizam do cacetete e, no caso desse guarda, ele comprou essa arma", declarou.
Apesar de entender que os guardas se sintam inseguros, Leal afirmou que o profissional será punido. "A orientação dada é para não se utilizar a arma de choque, inclusive vou conversar com esse guarda. Nós vamos tomar as devidas providências", prometeu.
No ano passado, foram registrados quatro casos de guardas municipais com armas de fogo. No primeiro deles, um profissional atirou contra a própria perna dentro do Pronto Atendimento Municipal (PAM).

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