terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Guarda Civil Metropolitana e o balanço das ações de 2014

Elton Magalhães,Especial para Opinião Pública
Há muito tempo que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) deixou de ser apenas uma guarda patrimonial e passou a fazer o trabalho mais operacional e na linha do policiamento comunitário, de forma a contribuir com os órgãos de Segurança Pública Estadual e com a segurança de cada cidadão de nossa capital. É fato que para se ter esta mudança foi preciso fazer ajustes, mesmo com a resistência de alguns dentro da corporação.
É sabido que as mudanças de comportamento ou mesmo as estruturais são difíceis e requer certo esforço por parte do grupo envolvido, pois, se quisermos criar uma identidade como agentes de segurança pública municipal, devemos mudar de dentro para fora, mesmo que para isso temos que cortar na própria carne.
E essas mudanças já vêm acontecendo desde o último concurso público da GCM, no ano de 2005, quando cerca de 1.700 jovens tomaram posse no ano seguinte. Além de novos ares que trouxeram à corporação, eram pessoas qualificadas com diplomas de graduação e pós-graduações nas mais diversas áreas, fazendo com que surgisse dentro da própria instituição, entre os veteranos, um movimento de busca pelo conhecimento e capacitação intelectual.
Ano após ano foi-se criando o hábito de sempre querer aprender e apreender mais, tanto na área intelectual quanto na área operacional, todos queriam (e ainda querem) buscar conhecimento para poder multiplicar dentro da guarda civil, com seus companheiros, e fazer disso uma constante de forma coordenada, apresentando à sociedade os resultados das atividades como verdadeiros servidores da população.
Por falar em apresentação de resultados é que, após a finalização de mais um ano de muito labor, é chegado o momento de apresentarmos às autoridades e à opinião pública o relatório geral das ocorrências atendidas por nossa corporação no ano que se passou. Vale lembrar que todas as informações que serão apresentadas aqui neste artigo foram extraídas do Sistema de Registro de Ocorrências feitas pela Central de Comunicação Operacional (CCO).
A Guarda Civil Metropolitana de Goiânia atendeu, no ano de 2014, mais de 11 mil disparos de alarmes e, ainda, mais de quatro mil ocorrências, onde os meses de janeiro, fevereiro e março tiveram um destaque devido a alguns pontos, como: o recesso escolar, os grupos de estudantes reivindicando o ‘passe livre’ e o feriado prolongado do carnaval, tudo isso foi propício ao aumento de vandalismo, alguns furtos e roubos. O mês de maio teve o menor número de ocorrências no ano, apenas 2%.
Todo o serviço de segurança pública municipal, feito pela GCM, é subdividido em sete regionais, que são unidades descentralizadas da corporação e que prestam atendimento à população goianiense em ações educativas e preventivas, a proteção dos bens, serviços, instalações municipais, nos termos legais. Além das regionais, também executam as ações a área ambiental da instituição, os grupos operacionais, os núcleos de apoio aos órgãos da prefeitura e a defesa civil, que tem a missão de coordenar os meios de atendimento às situações de emergência ou de estado de calamidade pública. Ou seja, temos uma instituição complexa, mas engajada no intuito de atender bem a todos, desde as instituições parceiras até a comunidade local.
Pois bem, após uma explanação geral do funcionamento da nossa corporação, voltemos aos dados das ocorrências do ano passado. Como foi dito anteriormente, foram mais de quatro mil ocorrências atendidas pela GCM, onde quero destacar alguns pontos.
Deste total, 59% foram de abordagens diuturnamente, em todas as regiões da cidade. Nas vias públicas demos 140 apoios em acidentes de trânsito, pois parte de nossa guarnição trabalha nas ruas no serviço preventivo, diretamente com a população e é qualificada para este tipo de socorro. Conseguimos evitar invasões e danos ao patrimônio, totalizando quase 100 fatos. Durante a campanha contra o uso do cerol, de junho a agosto, retiramos das ruas mais de 26 quilômetros de linha com cerol, fato que é comprovado estatisticamente pela redução de acidentes no ano, não ocorrendo nenhuma morte em nossa capital por uso de cerol. Mais de 60 pessoas foram recapturadas, todas com pendências judiciais, sendo as mesmas entregues às autoridades competentes. Para finalizar, gostaria de lembrar que cerca de 80 proprietários conseguiram reaver seus veículos, graças às ações dos nobres guardas civis. Apreendemos em flagrante mais de 80 menores praticando atos infracionais e conseguimos apreender 14 armas de fogo.
É notório citar que as regiões centrais e consideradas mais nobres da capital são as que menos tiveram registros de ocorrências, e muitos são os fatores, como a presença ostensiva dos órgãos policiais e isso sem deixar de citar o contingente razoável de guardas lotados em postos fixos. Já em relação às regiões periféricas – Oeste, Noroeste e Sudoeste –, este índice muda consideravelmente, devido ser locais em grande escala de expansão demográfica, onde existem historicamente os altos índices de criminalidade.
Com base nestas informações podem-se tirar várias conclusões e acima de tudo procurar melhorar as ações em prol de uma segurança mais proativa, onde, antecipando-se a fatos que melhorem a nossa ação preventiva, chegando antes dos vândalos, dos bandidos ou mesmo das pessoas mal intencionadas.
De forma mais ampla, a GCM passa por um processo sistemático e contínuo de aperfeiçoamento pensando sempre em acertar e com isso diminuir dia a dia a violência urbana, e essa prestação de contas é nada mais, nada menos do que apresentar a vocês, leitores críticos e atentos às mudanças, que estamos trabalhando por uma corporação mais humana e justa, respeitando o direito de cada um e preservando o bem maior do município, a vida.
E para isso temos um impecável grupo de servidores que ajuda a alavancar a cada dia o trabalho de todos, desde a área administrativa até a área operacional. Homens e mulheres que se dedicam 24 horas de suas vidas por uma corporação compromissada e que aos poucos vem ganhando a confiança da população como verdadeiros agentes da segurança pública municipal.

(Elton Magalhães, presidente comandante da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia)

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