Promotores, policiais e Prefeitura unem esforços contra a violência
Jundiapeba, Vila Natal, Vila Brasileira e outros três bairros são as regiões escolhidas para reforçar a segurança
Publicada em 10/01/15
Erick Paiatto
Bertaiolli anunciou os detalhes do plano de ação conjunta
Luana Nogueira
Da reportagem local
O Ministério Público (MP) de Mogi das Cruzes firmou ontem um pacto com as polícias Civil e Militar e a Prefeitura, para intensificar a ações de segurança pública no município. Da reportagem local
De acordo com o comandante do Comando de Policiamento Metropolitano de Área 12 (CPAM-12), coronel Nelson Celegatto, bairros como Jundiapeba, Jardim Margarida, Piatã, Vila Natal, Vila Brasileira e uma região de César de Souza devem receber ações do projeto. No entanto, outras áreas pontuais também receberão atenção. Para o delegado-seccional, Marcos Batalha, os principais crimes que devem ser coibidos são o tráfico de drogas e o roubo.
O projeto prevê que um trabalho integrado seja realizado pelos órgãos, a fim de diminuir a incidência criminal na cidade, além de passar sensação de segurança para a população. A data da primeira reunião do grupo será decidida nos próximos dias.
O promotor Nathan Glina informou que, por mês, recebe 1.200 procedimentos entre Termos Circunstanciados (TCs, elaborados para crimes de menor potencial ofensivo) e processos judiciais. "Já existe o trabalho ordinário que é feito pelas polícias e a Guarda Municipal. A ideia é dar um fôlego diferenciado. O objetivo é que, se existe um crime que assola uma comunidade, esse grupo sente, converse e trace estratégias para minimizar isso. Faço, em média, 70 audiências criminais. Esses números são expressivos. Se recebemos tantos processos existem muitos outros que não chegam", avaliou.
Segundo Glina, processos envolvendo tráfico de drogas, furto e roubo são os que mais chegam.
Para o promotor Renato Kim Barbosa, a ideia do projeto vai além de realizar operações policiais.
"O estado não tem apenas que reprimir o crime onde ele está sendo praticado, mas transformar a realidade social daquele lugar. Não é apenas um trabalho de repressão, mas de prevenção, até para economizar dinheiro público no futuro", destacou.
O secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno, acrescentou que a participação da população é muito importante para que estratégias de combate à criminalidade possam ser traçadas.
Os quatro Conselhos de Segurança (Consegs), existentes em Mogi, foram lembrados como importantes canais com os cidadãos.
Para o delegado-seccional, a integração dos órgãos vai fortalecer o combate à criminalidade. "Praticamente triplicamos o número de prisões de traficantes na região", disse.
Já o coronel Celegatto afirmou que um dos trabalhos da PM será fazer a primeira atuação e "abrir caminho" para que os outros órgãos possam atuar.
Para o prefeito Marco Bertaiolli (PSD), a iniciativa inédita vai garantir um importante reforço na segurança de Mogi.
Ele ressaltou que o município investirá "o que for necessário" para colaborar com o projeto, como a instalação do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) e a implantação de câmeras que identificam placas de veículos.
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