• • atualizado às 13h52
Cidade do Rio terá 500 agentes para multar quem jogar lixo nas ruas
Estão previstas multas de R$ 157 até R$ 3 mil para quem "emporcalhar" a capital
O Rio de Janeiro projeta espalhar cerca de 500 agentes para fiscalizar os cidadãos que jogarem lixo nas ruas. A partir de julho, estão previstas multas de R$ 157 até R$ 3 mil para quem "emporcalhar" a cidade. Inicialmente, os agentes circularão pelas ruas do centro para coibir o despejo de lixo pelo local. Somente naquela região, são recolhidos, mensalmente, em torno de 20 toneladas de lixo.
Em seguida, está prevista a colocação de fiscais no bairro de Copacabana, na zona sul da cidade. A ideia é que, futuramente, eles possam ser espalhados por regiões de grande circulação. As multas só começarão a ser aplicadas em julho. Os agentes, entre guardas municipais, funcionários da Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) e PMs, terão um computador de mão, no qual será anotada a punição, mediante anotação do CPF de quem for pego. O equipamento terá uma impressora, que vai fornecer uma espécie de comprovante da punição. Quem se recusar a dar informações para não ser multado poderá ser encaminhado para uma delegacia.
Quem jogar uma latinha na rua, por exemplo, poderá ter que pagar R$ 157. Dependendo do tamanho do que for despejado, a multa poderá chegar a R$ 380 ou R$ 500. Quem for flagrado jogando entulho poderá ser multado em até R$ 3 mil.
Nas ruas da cidade, a medida anunciada pela prefeitura causou controvérsia, pelo menos entre aqueles que foram ouvidos na manhã desta quarta-feira pelo Terra. Enquanto alguns apoiam a aplicação da multa como último recurso para tentar melhorar a limpeza das ruas da cidade, outros apontam que a decisão tem o objetivo de simplesmente aumentar a arrecadação do município.
Para o vigilante Eduardo Eusébio Silveira, 34 anos, o morador do Rio, de forma geral, é mal educado, e precisa de medidas punitivas para não cometer infrações. Ele diz que há muitas lixeiras espalhadas pela cidade, mas as pessoas insistem em jogar lixo nas ruas. “Aqui no centro não falta lixeira. Mas olhe só para o chão. Vive sujo. É uma vergonha. Acho que tem que radicalizar mesmo”, afirmou.
Mais campanhas
O advogado Heleno da Costa, 42 anos, já vê a medida com certas ressalvas. Ele afirma que as autoridades públicas deveriam fazer campanhas mais incisivas de conscientização da população, antes de anunciar a aplicação de multas a quem jogar lixo pelas ruas. “Não vejo campanhas para que as pessoas deixem de sujar as ruas. Temos um problema de educação do povo, que deve começar a ser sanado dando o que falta às pessoas, que é educação. Mas não é uma medida ruim. Só acho que deveria vir acompanhada de campanhas para esclarecer a todos”, observa.
O advogado Heleno da Costa, 42 anos, já vê a medida com certas ressalvas. Ele afirma que as autoridades públicas deveriam fazer campanhas mais incisivas de conscientização da população, antes de anunciar a aplicação de multas a quem jogar lixo pelas ruas. “Não vejo campanhas para que as pessoas deixem de sujar as ruas. Temos um problema de educação do povo, que deve começar a ser sanado dando o que falta às pessoas, que é educação. Mas não é uma medida ruim. Só acho que deveria vir acompanhada de campanhas para esclarecer a todos”, observa.
Já a secretária Mirian Gonçalves, 36 anos, avalia que o anúncio da prefeitura tem como objetivo arrecadar mais recursos para os cofres do município. Ela sustenta que agentes poderiam fiscalizar e instruir a população a não jogar lixo nas ruas, sem que haja aplicação de multas. “Isso vai criar mais uma forma de se corromper o cidadão. Você acha que os fiscais não vão querer levar aquele cafezinho para casa, ao invés de dar a multa?”, questionou.
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