Ex-guarda municipal que matou sogra é condenado a mais 11 anos e quatro meses de prisão
Homem já havia sido condenado a 14 anos de prisão por homicídio
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ele foi condenado a 11 anos e quatro meses de prisão, que irão se somar à outra condenação que ele já tinha, de 14 anos de prisão pela morte da sogra, Maria Auxiliadora Alves, no mesmo dia de 2007. Ao todo, Silva deverá ficar preso por 25 anos e quatro meses, conforme o tribunal.
A nova sessão de julgamento durou seis horas, e foi presidida pelo juiz Ronaldo Vasques. A jornalista, emocionada, confirmou a acusação de que Silva tentou matá-la e que ele também assassinou sua mãe. Ela afirmou ainda que o homem era agressivo, já tendo agredido o pai dela e um outro colega, relembrando aos presentes como era seu relacionamento com o acusado e os motivos que a levaram a terminar o noviado com o homem.
Durante os debates, o promotor de Justiça Marino Cotta e seu advogado assistente, Ércio Quaresma, reforçaram a tese de tentativa de homicídio contra a jornalista e recontaram os fatos do dia do crime em detalhes. Para sustentar seus argumentos, foram utilizadas as provas processuais e as contradições dos réus nos julgamentos desta quarta-feira (10) e dos realizados em janeiro de 2011. Ao ver as imagens, Tatiana chegou a passar mal e precisou ser socorrida pela equipe médica que estava de plantão no tribunal.
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Do outro lado, o réu afirmou, em seu depoimento, que usou as próprias economias para comprar a arma, e que estava arrependido de atirar na ex-sogra. Como motivo para o crime, ele alegou estar desequilibrado emocionalmente na época em que tudo aconteceu.
A tese do arrependimento eficaz de Silva foi a base da sustentação do advogado Alaor de Almeida Castro, defensor do ex-guarda, que pediu aos jurados para levar em consideração o fato de que, ao pedir socorro para a vítima, o acusado teria impedido a tentativa de homicídio, devendo ser condenado apenas por lesão corporal. O júri não levou em conta os apelos do advogado, e decidiu pela confirmação de que houve o crime de tentativa de homicídio qualificado.
Conforme o TJMG, ao definir a pena, o juiz destacou a personalidade agressiva e violenta do acusado, e ainda as graves conseqüências à saúde mental da vítima. Anderson Lúcio da Silva, que está detido no presídio Jason Albergaria, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, também não poderá recorrer da decisão em liberdade.
Relembre o caso
O ex-guarda já havia sido condenado a 18 anos de prisão pela tentativa de homicídio, mas a defesa do acusado conseguiu um recurso parcial de anulação da pena, que foi redefinida na noite desta quarta-feira (10). Segundo as informações da PM, Silva foi até a casa da ex-namorada possivelmente para tentar reatar o relacionamento. Os dois teriam discutido e a mãe de Tatiana tentou proteger a filha. O guarda municipal então sacou a arma e atirou contra a ex-sogra, baleou a ex-namorada no peito e depois tentou suicídio, atirando contra a barriga. Mesmo ferido, Silva ligou para emergência.
Maria Auxiliadora não resistiu ao tiro e morreu ainda no local. Já a filha dela foi encaminhada para o Hospital João 23 e conseguiu se recuperar.
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