O uso de arma de eletrochoque conhecida como Taser tem causado polêmica após os dois recentes casos de morte relacionados ao uso desse equipamento, que, em Uberaba, é utilizada pela Guarda Municipal há quase um ano.
Para o diretor da Guarda Municipal, Marco Túlio Gianvecchio, essas mortes devem ser investigadas. Ele ressaltou, inclusive, que a Taser possibilita a verificação de quantos disparos foram dados, o horário e dia em que ocorreram.
Gianvecchio explica que, durante o treinamento teórico e prático, os profissionais foram muito bem orientados em todos os tipos de situação, principalmente em relação às partes do corpo que poderiam ser atingidas pelos disparos da eletrochoque, evitando a área dos olhos e da cabeça.
“Em relação à morte, foi mencionada durante o treinamento a possibilidade de esta ocorrer de forma súbita, porém não pelo uso da arma, mas pelo fato de a pessoa ficando com os movimentos paralisados vir a sofrer uma queda e bater a cabeça, por exemplo”, esclarece o diretor da GM.
Gianvecchio ressalta, ainda, que renomados médicos afirmam que o choque não afeta a parte cardiológica do ser humano, apenas a parte sensorial motora, responsável pelos movimentos do corpo.
Em Uberaba, no ano passado, decreto assinado pelo prefeito Anderson Adauto (PMDB), publicado no Porta-Voz, regulamentou o uso das armas Taser pelos integrantes da Guarda Municipal. A publicação determina regras claras sobre o uso das armas não-letais pelo efetivo, durante o exercício da função, em situações adversas. Uma dessas regras é de a arma de choque ser utilizada somente quando o guarda esgotar todos os níveis de força para conter a situação, ou seja, presença, verbalização e imobilização. E todas as vezes que a Taser for utilizada, será necessário o registro de um boletim de ocorrência.
O primeiro caso de morte, ocorrido no dia 18 de março, na Austrália, foi do estudante brasileiro que supostamente teria roubado um pacote de biscoitos. Sua morte gerou discussão sobre o uso do armamento naquele país. Outro caso foi na madrugada do dia 25, quando morador de Florianópolis, envolvido em briga familiar, ameaçando se suicidar, morreu ao ser atingido pela descarga de uma arma de choque disparada por um policial militar.
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