Um candidato a uma das 200 vagas de guarda municipal de Londrina (PR) passou mal durante o teste físico, realizado no fim de semana, e morreu na madrugada de segunda-feira (11). O professor de educação física, de 32 anos, sentiu falta de ar e teve uma espécie de mal súbito logo após participar do primeiro exercício da segunda fase de testes, uma corrida de resistência de 2,4 mil metros.
Rafael Telles, coordenador do Instituto de Promoção de Capacitação e Desenvolvimento (Iprocade), organizadora do concurso, disse que o candidato completou a corrida de resistência.
“Ele completou a prova em tempo hábil, terminou bem, mas depois sentou no chão e começou a reclamar de falta de ar. Rapidamente entrou em choque, então o colocamos no oxigênio”, disse.
Além da corrida de resistência, o teste físico teve tração na barra fixa (sexo masculino) e isometria (sexo feminino) e shuttle run (teste de agilidade).
Telles afirmou que ainda não há uma causa específica sobre a morte do candidato. “No momento da prova ele teve uma parada respiratória. Colocamos o oxigênio e levamos para a ambulância. Quando entrou no Samu, ele foi entubado e chegou bem ao hospital. No fim da tarde ele piorou e a gente não sabe o que ocorreu”, ressaltou o responsável pelo Iprocade. O candidato foi internado na Santa Casa de Londrina por volta das 12h de domingo.
Segundo a assessoria do hospital, o candidato deu entrada com fadiga muscular, paresia (uma espécie de paralisia das pernas) e perda súbita da consciência.
O candidato foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa, mas apresentou um problema renal, com quadro de insuficiência respiratória, além de ter tido uma parada cardiorrespiratória por volta das 3h30. O corpo foi encaminhado ao IML, que fará exames para apontar a causa da morte.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Londrina disse não ter responsabilidade sobre o incidente, já que não houve acidente em relação aos exercícios da prova. Telles informou que está tomando as providências para ver que tipo de assistência o instituto dará à família. “A gente está em choque, porque não é algo normal de ocorrer. Foge da normalidade. É algo inexplicável. O que ocorreu é o tipo de acidente que não é normal. A parada renal é estranha”, afirmou.
Telles afirmou que o candidato apresentou atestado médico assinado por um cardiologista clínico. Segundo ele, o edital não especifica que tipo de exames o médico deve pedir para atestar a aptidão do candidato em realizar a prova. “Compete ao médico pedir qualquer exame”, afirmou. De acordo com Telles, o médico pode pedir eletrocardiograma ou outro exame, dependendo do paciente.
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