Os guardas municipais de Aracaju ameaçam entrar em greve na próxima semana. De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Ney Lúcio dos Santos, a possibilidade será analisada em assembléia nesta sexta-feira, 15. A principal reivindicação é a construção de um plano de carreira e um aumento salarial.
Na última quarta-feira, 13, em reunião com a Prefeitura para negociação, Ney declarou insatisfação com a proposta apresentada pela comissão orçamentária do Município. “Há três anos estamos lutando por isso. Hoje estamos recebendo R$ 604 brutos, o menor salário do país”, disse o sindicalista.
Os guardas lançaram uma proposta de piso de R$ 1.400, para uma jornada de 30 horas semanais. A Prefeitura, entretanto, propôs o salário de R$ 900 para 42 horas semanais.
“Nos avisaram que é o máximo que o Município pode pagar. Estão vindo de forma ditatorial, sem querer discutir. Com o que nos foi apresentado, ainda haverá perda de gratificação para quem está trabalhando no trânsito”, criticou Ney.
A paralisação é cogitada porque a categoria esteve sem aumentos nos últimos três anos. Em 2009, houve um reajuste de apenas 1%. “Estamos no limite da paciência. Desde 2004 estamos sofrendo com essa situação. Não há justificativa para pagarem tão pouco. Outros servidores do Município tiveram aumento bem superior ao que nos ofereceram”, acrescentou ele.
Outro problema com a Guarda Municipal relatado por Ney Lúcio é o déficit da categoria. “Criaram a guarda para mil homens, mas só existem 180 oficiais”, ressaltou. Depois da assembléia de amanhã, Ney disse que marcará outra reunião com a Prefeitura para apresentar a decisão dos guardas.
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