De olho na propaganda eleitoral
Cavaletes, placas e faixas que estão em situação irregular são recolhidos
São Leopoldo - Os candidatos à prefeitura e a vereadores devem tomar cuidado com a disposição das propagandas nas ruas, como placas e cavaletes, já que a fiscalização pela Secretaria de Limpeza Pública (Selimp), Justiça Eleitoral e Guarda Municipal está intensa. Só a Selimp e a Guarda Municipal, juntas, recolheram desde 1.º de agosto 245 cavaletes e placas e a Justiça Eleitoral recolheu 60. Ou seja, um total de 305 propagandas, representando 40% a mais de material recolhido do que em 2008, última eleição municipal. O número é elevado, de acordo com o chefe do Cartório Eleitoral da 51.ª seção em São Leopoldo, José Vitor Blanco Vieira, mas porque estavam proibidos esses tipos de propaganda pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE). “Naquele ano, o único material irregular recolhido foi panfletos fora das regras."
Dezenas de apreensões
Na Secretaria de Limpeza Pública um caminhão não foi suficiente para abrigar todas as 245 placas e cavaletes recolhidos das ruas em um mês. De acordo com o responsável pela fiscalização, Gilmar Francisco Zwetsch, a secretaria é responsável por recolher placas que ficaram nas vias após o horário estipulado, ou seja, das 22h01 às 5h59 e também em ruas e avenidas que estão proibidas de receberem qualquer tipo de propaganda eleitoral. São elas: BR-116, RS-240, Avenida Unisinos, Estrada do Horto, Avenida Theodomiro Porto da Fonseca e Rua Independência. “Desse total retirado de circulação, 61 já foram liberadas pela Justiça Eleitoral para retornarem aos candidatos.”
Acordo entre candidatos e Justiça Eleitoral
A Guarda Municipal de Trânsito (GM) também está responsável por fiscalizar as vias de São Leopodo que estão recebendo os cavaletes. Quando esses estiverem atrapalhando de alguma forma o fluxo do trânsito, a visibilidade do motorista ou do pedestre e a passagem das pessoas, a Guarda tem a autoridade para recolher o material. Todas as propagandas recolhidas pelos guardas municipais ficam durante uma semana na sede daGM onde, toda segunda-feira, é feita uma limpeza pela equipe da Selimp.
Acordo com candidatos
Em julho deste ano, representantes dos partidos políticos e uma equipe da 73.ª Zona Eleitoral firmaram acordo sobre as regras da propaganda políticas. Em vez de sorteio de espaços, partidos e Justiça optaram por definir locais permitidos e proibidos para colocar o material e para a promoção de atos como comícios, reuniões políticas, carreatas e passeatas. O Largo Rui Porto, por exemplo, foi escolhido para promoção de comícios e reuniões políticas até, no máximo, 22 horas. Conforme o chefe do Cartório Eleitoral da 73.ª, Antenor de Souza Ellias, é o único espaço para essa atividade.
Fora do combinado
As 60 propagandas que estão no Cartório Eleitoral da cidade, que incluem placas, banners, cavaletes e bandeiras, são, segundo José Vitor Blanco Vieira, chefe do Cartório Eleitoral da 51ª, de uso indevido de logotipo nas propagandas. Aliás, o único motivo pelo qual o cartório recolhe as placas é quando chega denúncia ou por meio de fiscalização percebe-se que algo na arte ou nos textos não está conforme o combinado. A Justiça Eleitoral disponibiliza telefones para dúvidas e denúncias do cidadão sobre a propaganda. Os números do Cartório Eleitoral são 3572-1891 e do Ministério Público Eleitoral 3592-9377. Responsável pelo registro de candidaturas e recebimento de denúncia de abuso do poder econômico e político, a promotora eleitoral Débora
Rezende não tem nenhum caso de denúncia sob investigação. “As denúncias que chegaram eram inconsistentes, nenhuma prova, nada que exigisse investigação pois o próprio denunciante, quando chamado para dar mais informações, acabava desistindo’’, explica.
Rezende não tem nenhum caso de denúncia sob investigação. “As denúncias que chegaram eram inconsistentes, nenhuma prova, nada que exigisse investigação pois o próprio denunciante, quando chamado para dar mais informações, acabava desistindo’’, explica.
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