A greve dos guardas municipais– iniciada no dia 22 de fevereiro – começa a provocar reflexos diretos na segurança da população. Na noite de domingo (28), bandidos assaltaram a sede administrativa do Zoológico de Curitiba
De acordo com a administração do Zoológico, os assaltantes entraram arrebentando os cadeados do portão. Foram levados eletrodomésticos, como geladeira e freezer (repletos de carne para alimentar os animais) e um forno microondas, além de computadores, bombas de limpeza, material de escritório, equipamentos de oficina e todo o estoque de rações. O prejuízo está estimado entre R$ 80 mil e R$ 100 mil. “A gente leva anos para equipar o Zoológico e agora, quando estava tudo certinho, vêm e levam tudo”, desabafou o diretor departamento, Marcos Praadi.
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Ladrões invadiram o Zoológico de Curitiba no fim de semana
Apesar do furto, o Zoológico opera normalmente nesta segunda-feira. Ele informou que foi solicitada à Prefeitura a aquisição em caráter emergencial de rações e carne para alimentar os animais. A segurança do local deve continuar a ser feita pela Guarda Municipal. “É preciso avaliar de quem é a responsabilidade do caso. É uma pena que um movimento de greve cause tanto transtorno”, disse.
Manifestações
Mesmo com o assalto ao Zoológico, a greve dos guardas municipais chegou ao seu oitavo dia, nesta segunda. Pela manhã, os grevistas promoveram uma manifestação em frente à Câmara Municipal, na tentativa de conseguir que os vereadores intermediassem uma nova rodada de negociações com o prefeito Beto Richa. “Nós exigimos a manifestação dos vereadores da bancada de situação, que participaram da nossa última reunião com o prefeito, quando foi nos apresentada uma nova proposta”, disse a secretária de assuntos jurídicos do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues. Para o período da tarde, estão previstas passeatas e manifestações em frente à Prefeitura.
Na sexta-feira, a Prefeitura informou que está realizando um levantamento para denunciar à Justiça que os guardas municipais não estão cumprindo a determinação judicial, que aponta que 70% do efetivo devem continuar garantindo a prestação de serviços à população. De acordo com a Prefeitura, o índice de guardas que ocuparam seus postos de trabalho na semana passada foi de 50%.
A Prefeitura também iniciou um processo de sindicância, para apurar eventuais abusos cometidos pelos servidores em greve. Para o Sismuc, no entanto, os guardas municipais não podem ser responsabilizados diretamente pela greve, já que o sindicato é quem responde pela mobilização. “Essa situação de instabilidade é culpa da Prefeitura, que não quer o fim da greve. É preciso que se veja que a vida do cidadão está em risco e a Prefeitura tem que estar sensível a isso”, disse Irene.
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