quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DESOBSTRUÇÃO DE CALÇADAS

A Polícia Militar e a Guarda Municipal está na Central de Abastecimento Chagas Barreto para evitar que aconteça algum problema. Os comerciantes não se conformam com a medida
Sobral. Uma determinação da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Splan) de desobstruir as calçadas em torno da Central de Abastecimento Chagas Barreto (Mercado Público) tem causado revolta aos ambulantes e vendedores de hortifrutigranjeiros e carnes. A decisão partiu depois de uma série de reuniões envolvendo ambulantes, comerciantes, Guarda Municipal e Polícia Militar. E na manhã de terça-feira, os espaços antes ocupados por esses vendedores foram preenchidos por bicicletários e gradeados.Os ambulantes são unânimes em afirmar que são a favor da medida desde que sejam feita as reformas prometidas, para garantir o fluxo de pessoas na parte interna do mercado. "Eles prometeram que a nossa saída só iria acontecer depois que abrissem outras portas para o acesso às pessoas e isso não aconteceu", disse indignada a vendedora Maria Jandira Mesquita que, segundo ela, até as 9h não havia vendido nada.Segundo o ex-presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes de Frutas e Verduras, a medida é arbitrária pelo fato de não ter sido concretizado o que havia sido acordado antes. "Em nenhum momento nós aqui nos recusamos deixar as calçadas, contanto que fossem feitas melhorias no local. Eles prometeram e não fizeram, o que acaba revoltando a gente", desabafa.O coordenador de Serviços e Equipamentos Públicos, José Prado, assegura que os fiscais da Splan permanecerão vigilantes por todos os dias da semana, até que a situação esteja controlada. "São aproximadamente 45 vendedores que insistiam em permanecer nas calçadas do mercado. Vendedores que já possuem boxes", disse Prado.Outro que se mostrava insatisfeito com a situação era o vendedor de tapiocas, Francisco Osvaldo de França, que há mais de 30 anos negocia no Mercado Central. A banca dele foi retirada por fiscais. "Além da humilhação que estou passando hoje ainda fui agredido por um policial que tomou, à força, uma faquinha que uso para descascar palha", disse ele.Para o coordenador da Guarda Civil, Jorge Trindade, a presença deles é apenas para evitar que, por um motivo ou outro, haja agressão. "Estamos vendo que o clima é passivo. A nossa permanência é como forma de garantir a integridade dos fiscais. Vamos permanecer nas imediações até o próximo domingo. Acreditamos que após esta dada eles não tentem retornar para as calçadas", adiantou.A Central de Abastecimento Chagas Barreto é um equipamento moderno, inaugurado em 2001. Conta com 280 boxes para feirantes, 60 boxes para cafezeiros(as) e 32 pontos comerciais externos com elevado padrão sanitário, boa administração e serviços em geral. A área reformada e construída totaliza 5.918,06m² e veio para atender uma antiga reivindicação dos comerciantes que trabalham no mercado..

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