sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cenas de guerrilha em retirada de invasores

O confronto da Guarda Municipal de Belém (GBel) com alguns sem-tetos que invadiram um terreno no bairro do Tapanã acabou com alguns feridos e com muitos “barracos” destruídos. Com paus, pedras e fogos de artifício, os invasores tentavam se defender da ação da GBel que chegou com balas de borracha e bombas de efeito moral para retirar as pessoas que haviam tomado posse do terreno que pertence ao Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb).O confronto da Guarda Municipal de Belém (GBel) com alguns sem-tetos que invadiram um terreno no bairro do Tapanã acabou com alguns feridos e com muitos “barracos” destruídos. Com paus, pedras e fogos de artifício, os invasores tentavam se defender da ação da GBel que chegou com balas de borracha e bombas de efeito moral para retirar as pessoas que haviam tomado posse do terreno que pertence ao Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb). O terreno ocupado fica na avenida São Clemente, no conjunto Cordeiro de Farias, no bairro do Tapanã. De acordo com a representante do grupo, Sandra Monteiro, eles estão no terreno desde o dia 28 de dezembro. “Nós viemos pra cá, porque víamos que o terreno está abandonado e precisamos de local para morar”, comentou Sandra. Ela ainda disse que o terreno estava apenas demarcado por áreas e que o local antes de ser ocupado servia para a prática de vários crimes e de esconderijo de bandidos. Aproximadamente 200 famílias estavam ocupando o local. Sandra informou que uma escritura foi apresentada pela GBel para alguns dos invasores, mas que não comprovava que o terreno seria realmente do Ipamb. “Não temos comprovação se o lote 35 é realmente do município”, disse. As informações repassadas pelos invasores são de que o terreno seria usado para construir um clube. A maioria das pessoas que ocuparam o terreno não tem moradia e vive agregada em casas de parentes na proximidade. “Não podemos aceitar que retirem essas famílias para que um clube seja construído. Precisamos de local para morar”, lamentou o vendedor autônomo José Orlando, de 38 anos. Ele, juntamente com a mulher e o filho, moravam na casa da sogra. Segundo ele, o local já está abandonado há 25 anos e a intenção das famílias é apenas lotear a área que não estava sendo usada e preservar o campo de futebol que já é usado para lazer. SEM MANDADO A GBel, por meio da assessoria de comunicação, explicou que não levou mandado de reintegração, pois o terreno está apenas demarcado e não ocupado pelas famílias. A reintegração só seria necessária se as famílias estivessem previamente estabelecidas no local. Em relação à ação realizada pela guarda, a assessoria diz que foi para defesa, pois já foram recebidos com paus e pedras. A GBel ainda informa que no terreno deve ser construída uma unidade de saúde e uma sede administrativa do Ipamb. O responsável pela ação na terça-feira à tarde era o comandante da GBel, Avelar. Para fazer a retirada das madeiras que estavam sendo utilizadas para demarcação foram usados caminhões e escavadeiras. Ação de retirada terminou no final da tarde As cenas de guerrilha entre guardas municipais e sem-tetos no terreno do Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb), no bairro do Tapanã, se repetiram novamente, na tarde de ontem. A ordem dada pela prefeitura foi de retirada de todos os possíveis invasores da área. E assim foi feita a operação, que teve início às 15h30 e terminou por volta de 18h. Em comboio, chegaram os guardas municipais municiados de vários equipamentos para a retirada do grupo de pessoas alojadas no terreno. De forma objetiva, os guardas chegaram ao local e entraram no terreno com escudos, atirando bomba de efeito moral e balas de borracha com intuito de evacuar as pessoas do local. Os invasores tentaram resistir à ação da guarda, mas foi questão de minutos para os agentes da prefeitura tomarem conta da terra. Alguns invasores saíram feridos. Na medida em que os guardas tomavam conta do terreno o trator e as caçambas entraram atrás para fazer a derrubada das barracas montadas e a retirada dos pedaços de madeira. Nesse momento, Joyce Quaresma protagonizou uma cena de desespero. Ela foi retirada à força de dentro do terreno, junto com a filha de quatro anos, portadora de deficiência. Aos prantos, a moça resistiu em ser retirada de sua barraca, mas uma mulher da guarda imobilizou Joyce, enquanto outro agente da guarda tirou a filha do colo dela. “Me dá a minha filha sua ...(dizia palavrões para uma guarda municipal), tira essa tua farda e vem brigar comigo”, gritava a moça revoltada. Não foi contabilizado o número de pessoas feridas no confronto. Além da guarda municipal, viaturas da policiais militares e da Rotam foram acionados para manter a ordem. (

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