O Instituto Portinari e a rádio Paiquerê AM divulgaram na manhã desta terça-feira (24) uma pesquisa de opinião sobre a avaliação popular da administração do prefeito de Londrina, Barbosa Neto. O levantamento, realizado entre os dias 18 a 21 de janeiro com a participação de 700 entrevistados, apontou que 78,9% dos londrinenses aprovam a utilização de armas pelos guardas municipais.
O município já adquiriu 75 pistolas e 15 revólveres e o efetivo da Guarda Municipal deve passar por treinamento no 5º Batalhão da Polícia Militar. Apesar da aprovação dos londrinenses, o coordenador da ONG Londrina Pazeando e presidente do Conselho de Cultura e Paz, Luís Cláudio Galhardi, afirmou que a tendência no Brasil é o desarmamento das guardas municipais, o que coloca Londrina na contramão.
"No mesmo ano que a Guarda foi criada em Londrina, a cidade de São Paulo tirou as armas de 3 mil guardas municipais e outros 2 mil continuaram armados. No Rio de Janeiro, a Guarda trabalha desarmada", informou. " Essa é uma questão controvérsia. Outras pesquisas mostraram um resultado diferente na cidade", ponderou com cautela.
Ele ressaltou a importância da integração entre as polícias Militar, Civil e Federal com os guardas municipais para evitar o uso de armas em determinadas ocorrências. "A Guarda deve descobrir o seu papal na comunidade. Em situações de confronto, as outras polícias podem entrar em ação. Se foi resolver tudo com armamento, é melhor aumentar o número de PMs do que investir no treinamento de um pessoal novo", opinou.
Gualhardi comentou que o excesso de armas é perigoso e aumenta os riscos de acidentes. No entanto, ele admite a necessidade do armamento em alguns casos para segurança do guarda. "Como movimento pela paz, nós defendemos o desarmamento de parte da Guarda Municipal. Claro que isso depende do local e do tipo de ocorrência que será atendida", avaliou.
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