Corporação investiga se agente permitiu que ladrão de moto preso ficasse nu e amarrado no chão
A prisão do assaltante Ricardo Pereira de Araújo por motociclistas, na manhã de domingo em Botafogo, continua a dar muita dor de cabeça para os envolvidos na confusão, que tiraram as roupas do jovem e o deixaram amarrado a uma barra de ferro na Avenida Pasteur por cerca de 40 minutos.
Um guarda municipal teria passado pelo local e parado para conversar com o grupo sem sequer sair de sua motocicleta. A Guarda Municipal ainda tenta identificá-lo. Segundo a assessoria de imprensa da Guarda Municipal, a atitude certa a ser tomada pelo guarda seria:
“Permanecer no local para assegurar a segurança do cidadão, mesmo este sendo bandido. Ele deveria ter ficado lá até a chegada da polícia”.
Segundo testemunhas, o guarda teria chegado no local quando o bandido já se encontrava pelado e algemado ao poste de rua. Ele teria falado com os motociclistas, feito um telefonema e partido.
A Guarda Municipal disse que vai procurar a 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado, para tentar identificar o agente. Caso não seja possível, até as câmeras de segurança dos prédios próximos podem ser requisitadas.
A Corregedoria do Corpo de Bombeiros não foi encontrada ontem para falar sobre o envolvimento de dois soldados do 1º Grupamento Marítimo (Botafogo) no caso. O delegado Antônio Furtado apura a participação da dupla, que teria ajudado o grupo com cerca de dez motociclistas a tirar as roupas de Ricardo. Segundo o delegado, se ficar provado o caráter de humilhação pública no ato, todos podem ser indiciados pelo crime de constrangimento ilegal, cuja pena é de três meses a um ano de detenção.
O ladrão foi preso em flagrante, na manhã de sábado, depois de tentar roubar a motocicleta BMW de um dos membros do grupo, que ia para Teresópolis. Mas, como se tratava de um modelo moderno, ele não conseguiu ligar a moto e foi cercado pelos motociclistas.
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